A visão central, que depende de uma estrutura ocular chamada mácula, é o que nos permite olhar os detalhes e realizar atividades cotidianas como ler um livro, dirigir ou mesmo reconhecer o rosto de uma pessoa. Esse tipo de visão é afetado quando ocorre um distúrbio chamado degeneração macular, uma condição que afeta mais os idosos e, por fim, leva à perda de visão.
Neste artigo, vamos dizer o que é degeneração macularQuais são suas duas formas mais comuns e os sintomas associados a cada uma. Além disso, explicamos os principais fatores de risco que levam ao aparecimento e desenvolvimento desta doença ocular, bem como os tratamentos disponíveis atualmente.
O que é degeneração macular?
A degeneração macular, também chamada de degeneração macular relacionada à idade, é uma doença ocular neurodegenerativa hereditária que afeta gradativamente a visão central, que é aquela que depende da mácula e aquele que nos fornece a acuidade visual de que precisamos para realizar tarefas como dirigir, ler ou reconhecer o rosto de uma pessoa.
A mácula é uma minúscula parte do olho, em forma de mancha amarelada (devido à alta concentração dos dois pigmentos que lhe conferem essa cor), localizada na região central da retina. É composta pela fóvea, localizada no interior da mácula e responsável pela percepção das cores; e a fovéola, localizada dentro da fóvea, é o que nos permite ter a máxima acuidade visual.
Na degeneração macular, como o nome sugere, há uma deterioração gradual da mácula, o que nos permite perceber detalhes e movimentoAssim, as pessoas que sofrem desta doença acabam sofrendo uma perda significativa da visão, principalmente relacionada aos pequenos detalhes, próximos ou distantes.
Esta perda da visão central tem uma série de consequências negativas na vida diária das pessoas que sofrem desta doença, com a idade geralmente a ser avançada. A degeneração macular é considerada uma das principais causas de cegueira e baixa visão, e nenhuma cura é conhecida atualmente.
Atualmente, essa doença atinge 1,5% da população, E se se tratar apenas de pessoas com mais de 50 anos, a prevalência sobe para 5,3%. A seguir, veremos quais são as duas principais formas de degeneração macular.
Tipos e seus sintomas
Existem dois tipos de degeneração macular: seca, que é a mais comum dos dois; e úmida, menos frequente, mas mais severa. Vamos ver com mais detalhes no que cada um deles consiste.
Degeneração macular seca ou atrófica
A degeneração macular seca é o tipo mais comum, sendo responsável por 85% de todos os casos. Os fotorreceptores na mácula (células sensíveis à luz) e o epitélio pigmentar da retina se deterioram gradualmente, e depósitos ou resíduos extracelulares chamados drusas se formam.
A presença de drusas na retina é relativamente normal a partir dos 45 anos e muito comum em pessoas com mais de 65 anos; no entanto, um aumento na quantidade e no tamanho geralmente é o primeiro sinal de possível degeneração macular. O resultado é visão embaçada ou embaçada e perda da visão central.
A degeneração macular seca progride lentamente ao longo do tempo e se desenvolve em três etapas:
estágio inicial
Presença de drus de pequeno e médio porte, sem perda de visão ou sintomas.
estágio intermediário
A pessoa tem drusas de médio a grande porte e pode ter visão com pontos no centro do campo visual. Às vezes, o assunto pode precisar de mais luz para tarefas que requerem atenção aos detalhes.
Estado avançado
Presença de múltiplos depósitos de drusas, destruição do epitélio pigmentar da retina e células fotorreceptoras da mácula. Nesse ponto, ocorre a visão turva e, com o tempo, a perda de visão.
Degeneração macular úmida ou exsudativa
A degeneração macular úmida ou exsudativa é a forma menos comum (cerca de 15% dos casos), mas a mais grave. Isso acontece quando eles começam a crescer anormalmente a partir dos vasos sanguíneos (que constituem a membrana neovascular) atrás da mácula, fazendo com que vazem fluido e sangue. Essas exsudações acabam causando cicatrizes e, portanto, dano macular.
Nessa forma de degeneração macular, a perda da visão central ocorre rapidamente. Seu desenvolvimento não ocorre em etapas, como na forma seca, e os danos são mais graves. O sintoma inicial mais comum é ver linhas retas distorcidass, como se tivessem uma figura ondulada. A visão pode ficar embaçada ou completamente perdida em um período de tempo muito curto (dias ou semanas).
Existem dois subtipos de degeneração macular úmida: Oculto, que ocorre devido a derramamentos de fluido e ao crescimento de novos vasos sanguíneos sob a retina, e causa perda de visão mais branda; e a clássica, a gravidade é maior em termos de perda da visão e ocorre porque o crescimento dos vasos sanguíneos e a cicatrização geram grandes resquícios, responsáveis por danificar a mácula.
Fatores de risco
O principal fator de risco para degeneração macular é a idade, pois para pessoas com mais de 50 anos, a probabilidade de sofrer desta doença aumenta significativamente. Outros fatores relevantes que podem aumentar o risco de desenvolver este transtorno são:
1. Família e antecedentes genéticos
A degeneração macular é hereditária e foram identificados vários genes que podem estar envolvidos no desenvolvimento da doença, portanto seu risco aumenta se você tiver um parente direto que sofre da doença.
2. Obesidade
De acordo com a pesquisa, pessoas obesas têm maior risco de passar do estágio inicial e intermediário para o estágio avançado da doença.
3. Fumaça
A exposição regular à fumaça do cigarro aumenta o risco de contrair a doença, e pacientes que fumam respondem menos bem ao tratamento.
4. Raça
Pessoas brancas têm maior risco de degeneração muscular, em comparação com outras raças, como os afro-americanos.
5. Doença cardiovascular e hipertensão
Existe uma relação entre doenças que afetam o coração ou hipertensão e degeneração macular.
6. Gênero
As mulheres são mais propensas a sofrer de degeneração macular apenas homens.
tratamento
Atualmente, não existe tratamento para prevenir a perda de visão que causa a degeneração macular seca quando atinge o estágio mais avançado. Porém sim é possível desacelerar ou evitar que a doença passe de um estágio inicial para um estágio mais avançado usando altas doses de antioxidantes e minerais como o zinco, conforme orientação do Instituto Nacional de Oftalmologia.
Para tratar a degeneração macular úmida, existem várias alternativas de tratamento: cirurgia a laser, usada para destruir os vasos sanguíneos que causam danos maculares; terapia fotodinâmica, que envolve a injeção de uma substância no corpo e sua ativação com uma luz que ilumina os vasos sanguíneos do olho; e injeções no olho com drogas anti-VEGF, que removem os fatores de crescimento que promovem o desenvolvimento de vasos sanguíneos anormais.
No entanto, a degeneração macular e a perda de visão associadas a esta doença podem continuar a progredir, mesmo se o tratamento estiver em andamento. Atualmente, nenhuma cura ou tratamento totalmente eficaz é conhecidoMas a pesquisa continua a esse respeito.
Referências bibliográfico:
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