Teoria de Pavlov de substituição de estímulos

Existem diferentes teorias que tentam explicar os conceitos do condicionamento clássico. Neste artigo, vamos falar sobre a teoria da substituição de estímulos, proposta por Ivan Pavlov.

Essa teoria sustenta que, após a produção do condicionamento clássico, os efeitos produzidos pelo estímulo condicionado (CE) no sistema nervoso são semelhantes aos do estímulo não condicionado (EI). Vamos ver em detalhes em que consiste essa teoria.

embalagem clássica

Lembre-se de que o condicionamento clássico, também chamado de condicionamento pavloviano, condicionamento reativo, modelo de estímulo-resposta ou aprendizagem por associação (EE), é um tipo de aprendizagem associativa que foi demonstrado pela primeira vez por Ivan Pavlov.

É um tipo de aprendizagem segundo a qual um estímulo originalmente neutro (que não provoca uma resposta), passa a provocá-lo graças à ligação associativa desse estímulo com o estímulo que normalmente causa essa resposta.

Teoria da substituição de estímulos: características

A teoria da substituição de estímulos foi proposta por Ivan Pavlov, fisiologista e psicólogo russo. A teoria afirma que, então, o condicionamento clássico, os efeitos produzidos pelo estímulo condicionado (CE) no sistema nervoso são efeitos semelhantes aos do estímulo não condicionado (EI).

Em outras palavras, a teoria sustenta que a capacidade desencadeadora de EI é transferida para CE, daí o surgimento da resposta condicionada (CR). CE ativa os mesmos circuitos neurais que ativaram EI.

Assim, a teoria da substituição de estímulos é baseada na estreita semelhança que é freqüentemente observada entre CR e a resposta não condicionada (RI). Como vimos, a associação entre o estímulo condicionado (CE) e o estímulo não condicionado (EI) produziria uma transferência de capacidade de acionamento do IE para ECPortanto, iria provocar, em um nível condicionado, a mesma reação espelhada que IS (Jenkins e Moore, 1973).

Como funciona?

A teoria da substituição de estímulos sugere que quando dois centros cerebrais são ativados, eles são conectados a partir da experiência adquirida.

Mas por que ocorre a resposta condicionada (CR)? Vejamos um exemplo para entender isso:

Se, por exemplo, está associado:

  • Luz (EN) -> Comida (EI) -> Salivação (RI)
  • Leve (EC) -> Salivação (RC)

A luz (CE) ativa o centro de “luz” do nosso cérebro. Como este centro está ligado ao centro de alimentação (com base na experiência adquirida através de repetidas apresentações de EN -> EI), este último também será ativado. Por aqui, o centro de luz com o centro alimentar, irá ativar a glândula salivar e produzir salivação (CR).

Assim, de acordo com a teoria da substituição de estímulos, o estímulo condicionado (CE) passa a ser um substituto do estímulo não condicionado (IE), comportando-se diante da CE como se fosse o próprio IE. .

limites

No entanto, a contiguidade temporária entre CE e SI nem sempre garante a aquisição da resposta condicionada (CR), como argumentado por Pavlov. Às vezes, a RC pode ocorrer mesmo quando não há uma relação temporal estrita entre os estímulos; em outras ocasiões, mesmo o CR não ocorre, apesar da contiguidade temporal entre os estímulos.

Na verdade, os resultados experimentais realizados em relação à teoria da substituição de estímulos, mostram que condicionamento com EA farmacológico às vezes causa CR oposto a IR. Esta é uma crítica a essa teoria.

Outras teorias relacionadas

Além da teoria da substituição de estímulos, existem outras teorias que tentam explicar o condicionamento clássico. Os mais importantes são três:

1. Teoria da Antecipação

Sugerido por Konorski, este autor diferenciada entre respostas preparatórias e respostas do consumidor. O RC atuaria como uma resposta adaptativa que serviria como preparação para a previsão de IS.

2. Teoria de Mackintosh

Ele argumenta que a pré-exposição a um estímulo impede seu condicionamento subsequente de RC. Mackintosh sugeriu que os animais procurassem obter do ambiente informações que lhes permitissem prever a ocorrência de eventos biologicamente relevantes (IE).

3. A teoria de Rescorla e Wagner

A ideia principal desta teoria é a do competição entre vários estímulos para associar com SI. Além disso, os autores introduzem o conceito de surpresa ou “inesperado” do ISIS. Assim, o estímulo não condicionado confere uma força associativa ao EC a partir da surpresa.

Referências bibliográficas:

  • Pavlov, IP (1927). Reflexos condicionados: uma investigação da atividade fisiológica do córtex cerebral. Traduzido e editado por GV Anrep. Londres: Oxford University Press. p. 142
  • Todes, D. (1997). Planta fisiológica de Pavlov Isis. 88, 205-246.
  • Graña, J. e Carribles, JA (1991). Condicionamento clássico em dependência. Psicotheme, 3 (1), 87-96.
  • Jenkins, HM e Moore, BR (1973). A forma de resposta automática com reforços de comida ou água. Journal of Experimental Behavior Analysis, 20, 163-181.

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