Processo motivacional: o que é, as etapas e as teorias que o explicam

No campo da psicologia, o conceito conhecido como “motivação” é entendido como o processo adaptativo que ativa uma pessoa e direciona seu comportamento para uma meta ou objetivo, sendo, portanto, induzida a manter as ações necessárias para alcançá-lo. proposto.

A partir dessa ideia, nas linhas a seguir falaremos de um fenômeno fundamental ao qual a motivação está intimamente relacionada: o processo de motivação.

Qual é o processo de motivação?

Poderíamos definir o processo de motivação como uma sucessão de processos dinâmicos que mobilizam as pessoas para uma meta, um objetivo ou para superar as adversidades, cuja principal função é aumentar as chances de conseguir se adaptar ao meio ambiente e, portanto, sobreviver e também poder ter uma melhor qualidade de vida.

Esse processo também está vinculado ao crescimento pessoal e potencial de todos os seres humanos, inclusive no âmbito social. No entanto, o processo motivacional é acima de tudo um processo adaptativo.

A seguir, veremos as etapas ou fases essenciais do processo de motivação que ocorrem de maneira sequencial e ordenada.

Fases do processo de motivação

O processo motivacional, como um processo dinâmico, consiste em três fases ou etapas sequenciais, que veremos a seguir.

1. O estágio de antecipação e direção

Esta primeira fase, a de antecipação e direção, é quando a pessoa tem um conjunto de expectativas em relação a uma emergência e / ou a satisfação de um motivo.

2. O estágio de comportamento ativo e feedback

Nesta segunda fase de comportamento ativo e feedback, é aquela em que a pessoa é responsável por realizar uma série de ações orientadas para um objetivo previamente definido, para que possam se aproximar ou se distanciar a partir das informações que obtiveram dos resultados de suas próprias ações.

3. O estágio de resultado

Esta última fase, a do resultado final, é aquela em que a pessoa experimenta as consequências para o cumprimento da meta que escolheu atingir nas etapas anteriores e para a qual orientou o seu comportamento.

Uma vez que existem várias teorias sobre o processo motivacional, iremos explicá-las nas seções seguintes, para que possamos ver que, embora tenham uma visão um pouco diferente sobre eles, todas foram amplamente validadas no campo da psicologia.

Uma vez que vimos as três proposições sobre o processo motivacional, podemos ter uma visão bastante aproximada desse processo.

Teoria de Deckers do processo motivacional

Uma das teorias mais importantes sobre o assunto é a sequência do processo motivacional proposta por Lamber Deckers. Este pesquisador dividiu esse processo em 3 fases.

1. Escolha do padrão

Nesta primeira fase o sujeito escolhe o objetivo ou meta que deve atingir a fim de ser capaz de alcançar a satisfação total. A meta que você escolher dependerá de vários fatores: a atratividade dos incentivos, a intensidade do motivo, o esforço estimado necessário para alcançá-la e as chances de alcançá-la.

2. Desempenhar comportamentos instrumentais

Uma vez que a meta foi escolhida, para passar para esta segunda etapa desse processo motivacional, o sujeito deve estar suficientemente motivado. Assim que você tiver motivação suficiente irá realizar os comportamentos instrumentais que permitirão ao sujeito atingir o objetivo que ele havia escolhido anteriormente.

Os comportamentos instrumentais para atingir um objetivo escolhido são essenciais porque é graças ao ato de realizá-los no caminho para alcançar o que o sujeito se propôs a fazer. Também é comum que diferentes comportamentos instrumentais atinjam o mesmo objetivo, ainda que de forma diferente, e nesses casos caberá ao sujeito pesar as vantagens e desvantagens de cada uma das formas possíveis de escolha do aquele que você está mais interessado em seguir, dependendo da frequência, duração e intensidade de cada um.

Essas vantagens e desvantagens de cada tipo de comportamento instrumental eles devem ser avaliados pelo sujeito com base em três fatores fundamentais que são descritos abaixo.

  • Frequência: o número de vezes que esses comportamentos devem ser envolvidos ou iniciados para atingir a meta.
  • Duração: o tempo que leva para atingir um objetivo com base na escolha de um comportamento ou outro.
  • Intensidade: quantidade de esforço que deve ser empregada para atingir cada um dos comportamentos instrumentais.

3. Satisfação com o motivo escolhido

A fase final do processo motivacional consiste na concretização do cumprimento do objetivo que o sujeito havia escolhido na primeira fase, ou seja, a sequência de comportamentos realizados pelo sujeito durante o processo motivacional. termina quando o objetivo pretendido for alcançado.

Se o objetivo for alcançado, o sujeito às vezes decidirá no futuro seguir os mesmos passos novamente para alcançar o mesmo objetivo ou outro semelhante; ao passo que se não o fizer, no futuro ele pode querer tentar novamente, ele terá que considerar se tentará novamente seguir o mesmo caminho adotando um comportamento semelhante ou, inversamente, se tentará novamente seguir o mesmo caminho adotando um comportamento semelhante ou , por outro lado, se ele troca sua lente por uma lente mais acessível

A teoria Fernández-Abascal do processo motivacional

Enrique García Fernández-Abascal, com a ajuda de sua equipe de pesquisadores, desenvolveu uma teoria alternativa sobre o processo de motivação e a apresentou de forma mais esquemática e clara.

Segundo esse autor, o processo motivacional começa com um ou mais dos determinantes motivacionais influenciando o sujeito para que sejam atendidas as condições necessárias para que ele tenha a intenção de iniciar um determinado comportamento.

A segunda fase desse processo começa com a ativação de uma série de condutos com certa intensidade., ao mesmo tempo que a “intenção” deve indicar a direção que o sujeito deve seguir e para a qual direcionará esses comportamentos. Ao longo do processo de motivação, há um feedback sistemático, para que o comportamento atue sobre o ambiente, ao mesmo tempo que se contrapõe às informações sobre o progresso que está fazendo através da execução desse comportamento.

O termo “intenção” nesta teoria do processo motivacional refere-se a um elemento que serve para o sujeito recebe feedback sobre suas ações, para que você possa autorregular seu comportamento dependendo se você precisa de mais ou menos intensidade em suas ações ou se está ou não indo na direção certa para atingir seus objetivos iniciais. Portanto, a intenção é o motivador mais influente no comportamento do sujeito.

Por outro lado, deve-se observar que a intenção depende de dois fatores essenciais:

  • Atitude em relação ao comportamento: avaliação se o comportamento é favorável ou desfavorável à realização do objetivo.
  • Norma subjetiva: a percepção do sujeito se os outros consideram ou não esse comportamento aceitável.

O mesmo tempo, há uma série de determinantes internos e externos que influenciam o comportamento das pessoas, como os listados abaixo.

  • Internos: homeostase, hereditariedade, processos cognitivos e o potencial de crescimento de cada um.
  • Externo: hedonismo, aprendizagem e relações sociais que determinam o comportamento.

Todos os fatores acima influenciam a escolha de uma série de comportamentos ou outros para atingir um objetivo por meio da ação por meio da fase de ativação.

A terceira e última fase deste modelo do processo motivacional é a da liderança motivacional, que se refere a a tendência do sujeito para se aproximar ou, ao contrário, para evitar um objetivo específico. Isso é importante porque a ativação sem uma direção para seguir não pode desencadear um comportamento motivado, e a direção pode ser uma variável crucial para que uma série de comportamentos motivados ocorra. Lugar, colocar.

Teoria do processo motivacional de Palmer

A teoria do processo motivacional proposta por Francesc Palmero busca dar uma visão mais profunda e, ao mesmo tempo, mais ampla do que está acontecendo ao longo do processo motivacional. Uma breve visão dessa proposição é explicada a seguir, com o processo motivacional sendo dividido, de acordo com Palmero, nas fases explicadas a seguir.

A primeira fase refere-se a a escolha de um objetivo ou objetivo a ser alcançado e a tomada de decisão, sendo essa fase percorrida por um processo que se inicia com o surgimento do estímulo até que seja possível realizar o comportamento motivado, e é essencial porque sem o surgimento de um estímulo que o desencadeia, o processo motivacional não seria possível. Se esse estímulo for externo, é chamado de “desejo”; enquanto se for interno, seria chamado de “necessidade”.

A segunda fase é onde o centro do resultado está ou, por outro lado, controlar os comportamentos que foram realizados para atingir o comportamento motivado. Essa segunda etapa, voltada para a percepção do estímulo necessário para iniciar o processo motivacional, também é fundamental, pois sem essa percepção, esse processo não teria início. Para que isso aconteça, receptores adequados devem atuar sobre o sujeito para que ele perceba o estímulo.

A terceira fase é desenvolvida pelo processo de avaliação e apreciação dos objetivos ou metas, de forma que permitam ao sujeito escolher qual estímulo desencadeará o comportamento motivado.

A quarta fase consiste em o processo de tomada de decisão e a escolha do objetivo a ser seguido. Para escolher o objetivo mais adequado a perseguir, é preciso avaliar o desejo ou a necessidade de alcançá-lo, bem como o valor que esse objetivo tem para o sujeito e as expectativas que ele tem para alcançá-lo.

A quinta e última fase passa ação de comportamento, uma vez que foi motivado. Para lá chegar, o sujeito já teve que escolher o seu objetivo e escolheu as condutas a realizar entre as que tem à sua disposição, de acordo com as suas aptidões e a sua situação pessoal. Esse comportamento motivado é aquele que se compõe de todas as ações realizadas ao longo de todo o processo motivacional e será direcionado para atingir um objetivo específico.

Em todas essas etapas, é importante sublinhar o conceito de ativação que se ativa a partir do momento em que o sujeito detecta uma necessidade que o leva a propor o objetivo de atender a essa necessidade por meio das ações descritas nas diferentes fases do processo. . Nesse processo, houve uma ativação da homeostase do sujeito, pois seu próprio corpo ainda busca o equilíbrio por encobrir uma deficiência ou equilibrar seus próprios recursos.

Referências bibliográficas

  • Chóliz, M. (2004). Psicologia Motivacional: O Processo Motivacional. Universidade de Valência.
  • Palmero, F. (1997). Motivação: Conduta e processo. Revista Eletrônica de Motivação e Emoção, 7 (21-22).
  • Sanz, MT, Menéndez, FJ, Rivero, MP e Conde, M. (2019). Fundamentos teóricos e práticos da motivação. Madrid: Editorial Sanz i Torres.

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