O poder das emoções (9 chaves científicas)

Uma emoção é um processo pelo qual informações cognitivas e sensoriais são transmitidas por meio de um estímulo externo, desde as vias do corpo até a medula espinhal, formando sinapses e estimulando a secreção hormonal e a atividade de glândulas, músculos e órgãos.

Se considerarmos apenas a definição acima, podemos pensar nela como um processo ou experiência completamente individual; no entanto, as emoções também são fenômenos relacionais, na medida em que são carregadas de significados culturais que nos permitem agir e interagir de determinadas maneiras.

Em relação a isso e desenvolvendo um percurso que vai da expressividade facial às funções sociais, passando pelas funções cognitivas; neste artigo Vamos dar uma olhada em 10 pistas científicas sobre o poder das emoções.

O poder das emoções em 10 chaves científicas

Aqui estão algumas das idéias-chave que o ajudam a compreender a importância das emoções.

1. Posturas corporais e reconhecimento facial

As emoções moldam nossas posturas corporais, elas se refletem em nossos gestos na maneira como falamos, sentamos, andamos e nos dirigimos aos outros. Podemos facilmente distinguir se alguém está nervoso, triste, com raiva, feliz, etc.

Uma das teorias mais influentes e recentes nas emoções em relação à expressividade do rosto, Foi o de Paul Ekman, que além de dar diferentes contribuições sobre as emoções básicas, aperfeiçoou o sistema de codificação facial desenvolvido na Suécia, que tornava possível reconhecer diferentes emoções por meio de movimentos involuntários dos músculos da face, olhos e cabeça.

2. Caráter adaptativo e evolutivo

Entre outras coisas, a teoria da emoção básica sugeriu que há uma série de emoções que experimentamos para responder de forma adequada ou adaptativa a certos estímulos. Deste ponto de vista, as emoções são compreendidas como fenômenos neuropsicológicos que motivam ou facilitam comportamentos adaptativos.

3. Conduta e tomada de decisão

Do exposto deriva também uma perspectiva comportamental das emoções, a partir da qual entendemos que a mesma emoção funciona como consequência, positiva ou negativa, o que nos permite distinguir quais comportamentos reproduzir e em que circunstâncias.

Em outras palavras, você experimenta certas emoções em determinados momentos. nos permite modificar nosso comportamento a médio e longo prazo; dependendo se a emoção sentida foi agradável ou desagradável.

4. Raciocínio e formas de pensar

As emoções também nos permitem desenvolver padrões de processamento e pensamento que, por sua vez, desdobram um conjunto de possibilidades de ação. Em outras palavras, as emoções nos predispõem à ação e nos permitem gerar atitudes, conclusões, projetos, planos e decisões. Eles também facilitam o processo de consolidação da memória e da atenção, por isso desempenham um papel importante na cognição.

5. Conduzir processos de ensino-aprendizagem

Em relação ao exposto, uma das funções centrais das emoções, especialmente estudada e disseminada nos últimos anos, é a possibilidade de facilitar processos de ensino-aprendizagem por meio de vivências carregadas de emoção.

Por exemplo, diz o neurocientista Francisco Mora que o cérebro aprende através da emoção. Ou seja, que sem a presença das emoções, não existem elementos básicos do processo de aprendizagem, como curiosidade, atenção e memória. O mesmo pesquisador convidado a explorar e estimular o acima exposto desde os primeiros estágios da escola.

6. Processos cognitivo-emocionais e somatização

O estudo das emoções trouxe à tona uma coisa: a relação entre humor e atividade somática. Nesse sentido, o tema da somatização (como as emoções podem gerar um desconforto orgânico significativo) tem sido amplamente estudado. Entre outros, a neurofisiologia propôs que a somatização clínica está diretamente relacionada à atividade específica do sistema nervoso central; especificamente a amígdala, córtex cingulado e áreas pré-frontais.

7. Reguladores das relações de trabalho

Parte da sociologia tem proposto por várias décadas que as emoções também funcionam como reguladores sociais. Por exemplo, foi estudado como o tédio, a culpa, a vergonha e a simpatia tornam possíveis certas interações.

Eles nos permitem, entre outras coisas, negociar e pensar sobre comportamentos que podemos ou não repetir em todas as situações sociais. Da mesma forma, por meio das emoções, geramos estruturas de identificação cognitiva e afetiva que nos permitem interagir com outras pessoas,

8. Normas sociais e subjetividades

No campo psicossocial, podemos perceber que as emoções marcam a agência (possibilidades de ação em determinados contextos), bem como os caminhos dos desejos e das subjetividades.

Por meio das emoções, implantamos mecanismos de controle e monitoramento de nós mesmos e dos outros, que eles nos permitem sentir e nos comportar de uma forma que é socialmente reconhecida como apropriada. As sociedades de nosso tempo definem os indivíduos de acordo com as emoções que experimentam ou manifestam.

9. Reprodução e mudança social

As emoções geralmente correspondem aos valores dominantes de uma determinada sociedade e época. Por exemplo, podemos reconhecer assuntos mais ou menos emocionais, e certas emoções são permitidas dependendo se são mulheres, homens, meninos ou meninas.

Porém, se por meio das emoções reproduzimos as normas sociais e as relações de poder, a apropriação emocional não se faz passiva, mas reflexivamente: permite resolver as contradições e agir em correspondência com o que fazemos. Da mesma forma, as emoções têm o potencial de serem reprodutoras sociais e processos de mudança.

Referências bibliográficas:

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