Aprendizagem cooperativa: características e implicações educacionais

A aprendizagem é um processo que dura a vida toda. Em cada etapa, estamos aprendendo certas coisas. Na escola, por exemplo, o conhecimento transmitido é geral para todos. Mas como você trabalha para melhorar o aprendizado?

Existem muitas formas de educação; neste artigo, falaremos sobre um deles: aprendizado cooperativo. Saberemos em que consiste, quais são os seus objetivos e os seus fundamentos, e em que difere da metodologia clássica de “trabalho em grupo”.

O processo de aprendizagem

Aprender é aquele processo pelo qual nós adquirimos novos conhecimentos, habilidades ou habilidades. É um processo que dura a vida toda, como aprendemos na escola infantil, mas também no ensino médio, na universidade e ao longo da própria vida, por meio de diferentes vivências e vivências pessoais.

Quando falamos de aprendizagem na escola, estamos nos referindo a uma aprendizagem mais circunscrita e concreta; esse tipo de aprendizado é adquirido por meio de ensinamentos ou instruções dadas pelo professor em sala de aula. Aprendemos de maneiras diferentes e por meio de diferentes atividades, tarefas e exercícios. Indignado, cada um aprende em seu próprio ritmo e de acordo com suas características pessoais.

Aprendizagem cooperativa: o que é?

Como vimos, a aprendizagem que ocorre no ambiente escolar é um tipo de aprendizagem bastante específico, mas ao mesmo tempo pode ser dividida em diferentes tipos de aprendizagem. Um deles é a aprendizagem cooperativa, que envolve um conjunto de procedimentos e métodos de ensino baseados na divisão dos alunos da turma em pequenos grupos.

Este procedimento não se baseia, entretanto, na formação tradicional de grupos de trabalho, e veremos as diferenças a seguir.

Os grupos que se formam por meio da aprendizagem cooperativa são geralmente mistos (reunindo meninos e meninas) e heterogêneos (as características dos alunos são diferentes entre si); Através destes grupos, os alunos trabalham em cooperação, ou seja, de forma conjunta e coordenada.

Nesses pequenos grupos de trabalho ou “equipes”, cada membro do grupo traz seus próprios conhecimentos. e usar suas próprias habilidades para, juntos, poderem trabalhar cooperativamente.

alvos

O objetivo principal da aprendizagem cooperativa é proporcionar aos alunos um aprendizado aprofundado, graças às contribuições e diferenças de cada membro que compõe o pequeno grupo. Assim, através da aprendizagem cooperativa, o objetivo é que os alunos consigam resolver as tarefas que lhes são propostas em grupo e possam aprofundar a sua aprendizagem.

Por outro lado, na aprendizagem cooperativa, há uma série de situações de aprendizagem onde os objetivos dos membros do grupo estão ligados; ou seja, as metas individuais acabam sendo metas de grupo, pois para atingir as metas individualmente, os outros membros também devem cumprir as suas (só assim é possível ir além das metas).

benefícios

Algumas das vantagens ou vantagens da aprendizagem cooperativa, em relação a outros tipos de aprendizagem, são as seguintes.

Por um lado, os alunos podem estar mais motivados para resolver tarefas, Porque contam com o apoio de outras pessoas e trabalham em grupos. Além disso, a aprendizagem cooperativa promove atitudes de iniciativa e envolvimento. A qualidade do trabalho ou das tarefas pode aumentar em relação ao trabalho individual, e o grau de domínio de conceitos e conhecimentos adquiridos também pode aumentar.

finalmente a socialização também pode ser benéfica para o aprendizado do aluno, Não só academicamente, mas também pessoal e emocionalmente.

fundamentos

A aprendizagem cooperativa, como método de aprendizagem, é baseada em uma série de valores e fundamentos. Alguns dos mais importantes são:

1. Melhor desempenho acadêmico

Um dos objetivos desse tipo de aprendizagem (e por isso é baseado nele) é aumentar o rendimento acadêmico dos alunos. Isso é alcançado com a ajuda dos diferentes membros do grupo. Todos trazem o que sabem, querem ou podem, e esta é a base para o aprendizado cooperativo, a cooperação e a ajuda mútua.

2. Trabalho de grupo

Desta forma, o aumento do rendimento acadêmico do aluno e a realização de aprendizagem em profundidade são alcançados por meio de apoio e trabalho em grupo e cooperativo. Por isso, esse tipo de aprendizado é enriquecido pela socialização e pelo relacionamento interpessoal.

Assim, a aprendizagem cooperativa considera que, dependendo das disciplinas ou aspectos a serem ministrados, você aprenderá mais trabalhando em grupo (ou seja, socialmente) do que individualmente.

3. Valor das relações interpessoais

Em relação ao raciocínio acima, este pressuposto ou raciocínio pode ser extraído, o qual afirma que as relações sociais ou interpessoais são importantes para melhorar a aprendizagem dos alunos. Ou seja, constituem potenciais educacionais importantes e são alcançados pela formação de grupos.

4. Socialização e integração

A aprendizagem cooperativa considera os processos de socialização e integração como ferramentas fundamentais no processo educacional de crianças e adolescentes. esses processos eles fornecem valores muito relevantes para os alunos, Como a importância da cooperação e do trabalho em equipe.

Diferenças do clássico trabalho em grupo

A aprendizagem cooperativa, como já mencionamos, baseia-se na organização e formação de pequenos grupos de trabalho; entretanto, este não é um clássico “trabalho em grupo”. Então, como os dois tipos de aprendizagem diferem? Basicamente, as diferenças baseiam-se nos fundamentos mencionados e em outros exemplos. Vamos ver:

1. Importância das relações interpessoais

A principal diferença entre a aprendizagem cooperativa e o trabalho em equipe clássico é que, no primeiro tipo de metodologia, as relações interpessoais que surgem (ou já existiam) no próprio grupo são particularmente valorizadas. Essas relações servem de base ou fonte para novas formas de aprendizagem.

2. Aprendizagem desequilibrada

Por outro lado, na aprendizagem cooperativa aprendizagem desequilibrada ocorre; isso implica que se aprende pelas potencialidades e fragilidades de cada membro, como em uma balança ou quebra-cabeça, onde cada um traz o que sabe e onde juntos acabam formando o “quebra-cabeça”.

3. Teoria do conflito sociocognitivo

Outro dos fundamentos ou característica distintiva da aprendizagem cooperativa, e que a diferencia do trabalho em grupo clássico, é que se baseia na chamada “teoria do conflito sociocognitivo”.

Mais precisamente, o conflito sociocognitivo é baseado em um processo de resolução de problemas de duas pessoas, E que consiste em dois momentos ou fases; na primeira etapa, discorda-se de como se tenta resolver o problema em questão (visto que o procedimento utilizado é ineficiente). Isso cria a necessidade de considerar o ponto de vista da outra pessoa.

O segundo estágio consiste no surgimento de uma contradição cognitiva (“Eu acho uma coisa que não é eficiente, e a outra pensa outra”); esta contradição, por sua vez, cria a necessidade de construir um caminho comum que contenha as duas perspectivas ou pontos de vista, a fim de obter uma solução única e comum.

Por fim, o resultado ou os benefícios obtidos (n) são duplos: por um lado, a resolução do conflito ou problema e, por outro, uma reestruturação cognitiva dos dois participantes.

Referências bibliográficas:

  • Rué, J. (1991). Trabalho cooperativo. Barcelona: Barcanova.
  • Rué, J. (1994). Trabalho cooperativo, em Dader, P., Gairín, J., (eds).
  • Peralta, N. (2012). Aplicação da teoria dos conflitos sociocognitivos à aprendizagem escolar. Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica.

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