Aprender com nossas experiências com base no que passamos antes é essencial para a sobrevivência. esta permite a execução de modelos de comportamento cada vez mais adaptativos, E até mesmo prever os resultados possíveis de nossas ações: por exemplo, aprendemos a evitar certos estímulos e a buscar ativamente outros porque já conseguimos vinculá-los a algum tipo de consequência.
Por que agimos da maneira que agimos e como aprendemos a fazer é algo que intrigou a humanidade durante séculos e levou à exploração e pesquisa do assunto por diferentes disciplinas como a psicologia, gerando diferentes correntes e teorias. Dentre essas correntes teóricas podemos encontrar o behaviorismo, para o qual se encontra a principal base e explicação do comportamento. na capacidade de associação e na aprendizagem associativa. É sobre esse conceito que falaremos ao longo deste artigo.
O conceito de aprendizagem associativa
A aprendizagem associativa é entendida como o processo pelo qual seres humanos e outros seres vivos estabelecem um vínculo ou associação entre dois ou mais fenômenos, de forma que aprendam e reajam a essa relação. este aprendizado supõe uma mudança no comportamento do sujeito adquire que ele, A ponto de antecipar que determinados estímulos ou ações levarão à chegada de outros estímulos ou consequências.
Para que isso aconteça, deve haver alguma condensação, habituação ou consciência da relação entre os dois elementos, o que por sua vez implica que eles se apresentam repetidamente como, em certa medida, competidores e contingentes.
É um conceito especialmente desenvolvido pelo behaviorismo, um paradigma da psicologia que se concentrava no estudo do comportamento como o único elemento empírico e observável do psiquismo (deixando de lado o papel do próprio aparelho psíquico. Nela) e que ele procurava fornecer uma explicação objetiva e científica de nosso comportamento, Sendo de facto a capacidade associativa uma das suas bases principais.
Originalmente, o behaviorismo valorizava o fato de que a aprendizagem associativa dependia unicamente das propriedades dos estímulos e de como sua apresentação seria realizada, sendo o aprendiz um sujeito totalmente passivo que simplesmente captava a relação.
No entanto, com o passar dos anos e o desenvolvimento de novas correntes, como a cognitivista e a cognitivo-comportamental, a compreensão desse fenômeno vem integrando cada vez mais as variáveis cognitivas disciplinares, tornando-se um elemento mais ativo nesse tipo de aprendizagem.
Com efeito, atualmente se considera que a aprendizagem associativa torna possível fazer previsões e estabelecer novas estratégias derivadas do recebimento das informações que autoriza, Estabeleça relações causais com base na exposição repetida a estímulos. E é que associamos não apenas estímulos, mas também ideias, conceitos e pensamentos de tal forma que podemos desenvolver novos conhecimentos mesmo sem termos que passar por um estímulo real.
Tipo de aprendizagem associativa básica
A seguir, veremos duas das principais formas de aprendizagem associativa que, embora não expliquem toda a aprendizagem, constituem alguns dos fundamentos da aprendizagem associativa.
1. Embalagem clássica
O condicionamento clássico ou pavloviano é um dos mais básicos, mas ao mesmo tempo o mais fundamental, tipos de aprendizagem associativa que tem sido estudada, servindo ao seu estudo como base para o aprofundamento do fenômeno da associação. No condicionamento clássico, é considerado o comportamento de humanos e outros animais é derivado do aprendizado da relação entre vários estímulos.
Especificamente, aprendemos que dois estímulos estão relacionados devido à percepção de que ambos ocorrem em uma faixa contingente e próxima no espaço e no tempo, repetidamente observando que o aparecimento ou desaparecimento de um estímulo precede ou está ligado ao aparecimento ou desaparecimento de outro.
Nesse processo, um estímulo capaz de gerar para si mesmo uma resposta fisiológica não condicionada ou um estímulo não condicionado é emparelhado ou ligado a um estímulo neutroDe forma que quando ocorre uma apresentação conjunta, ela condiciona de tal forma que acaba gerando uma resposta igual ou semelhante àquela que geraria o estímulo não condicionado, que viria a ser denominado de resposta condicionada.
Esse tipo de relacionamento é aprendido com base na repetição, embora dependendo do estímulo, de sua saliência e de como a relação é apresentada, uma associação mais rápida ou mais lenta possa ser gerada. Da mesma forma, a associação pode ocorrer tanto no nível de estimulação positiva (aprendemos que as coisas que gostamos estão ligadas a coisas neutras) e aversiva (Estímulos dolorosos estão associados a outros neutros, que acabam gerando medo).
Por exemplo, imagine que nos trazem a nossa comida preferida: a sua aparência (estímulo incondicional) dá vontade de comer e começamos a salivar (resposta incondicional). Porém, se alguém costuma tocar a campainha pouco antes de nos trazer comida, acabaremos associando a ideia de que a campainha está relacionada à comida, o que a longo prazo só nos tornará um estímulo. No início indiferente (estímulo neutro) ocorrerá com valor semelhante ao da comida (o som da campainha muda de neutro para estímulo condicionado) e gerará uma reação, neste caso, de salivação (resposta condicionada).
2. Condicionamento operatório
Outro dos principais tipos de aprendizagem associativa é o condicionamento operante de Skinner, que vai desde combinar estímulos simples até levar em consideração a associação existente. entre a emissão ou mesmo não emissão de um comportamento e as consequências que isso tem.
Nesse tipo de aprendizagem associativa, descobrimos que realizar um comportamento ou comportamento específico tem uma série de consequências, que mudarão a probabilidade de que esse comportamento se repita devido à associação aprendida. Assim, podemos encontrar casos de reforço (seja positivo ou negativo) ou punição (seja positivo ou negativo), que envolvem respectivamente o aumento ou diminuição do comportamento a partir da presença de certas consequências.
No reforço positivo o comportamento resulta no aparecimento de um estímulo apetitivo, enquanto no reforço negativo um estímulo aversivo é eliminado ou deixa de aparecer: em ambos os casos o comportamento é considerado positivo para o sujeito, o que aumenta a probabilidade de sua ocorrência.
Quanto à punição: na punição positiva, uma consequência ou estímulo aversivo é aplicado ou administrado se o sujeito adotar o comportamento, enquanto na punição negativa um estímulo ou elemento é retirado ou extraído, positivo ou apetitivo para o sujeito. Em ambos os casos, a probabilidade de repetir o comportamento diminui, pois tem consequências aversivas.
Além disso, deve-se ter em mente que as consequências podem estar presentes imediatamente ou ser retardadas, o que também altera a probabilidade de ocorrência de comportamentos e pode ser mediada por aspectos como como o comportamento foi apresentado e as consequências ou sequência do comportamento (Por exemplo, se existe uma contingência fixa ou variável entre os dois, ou se as consequências aparecem cada vez que o comportamento é realizado ou durante um intervalo de tempo específico).
3. Aprenda por observação
Outro tipo de aprendizagem que faz parte da associação é a aprendizagem baseada na observação. Nesse caso, com base nas condições acima, é feita uma associação entre o que acontece com ele ou outra pessoa e nós e podemos realizar a aprendizagem associativa sem ter que experimentar diretamente a associação de estímulos.
Neste contexto, podemos encontrar, por exemplo, a aprendizagem social ou a imitação de modelos.
Referências bibliográfico:
- Dickinson, A. (1980). Teoria contemporânea da aprendizagem animal. Cambridge: Cambridge University Press.
- Higueras, B. e Muñoz, JJ (2012). Psicologia básica. Manual de preparação CEDE PIR, 08. CEDE: Madrid.
- Rodrigo, T. e Prat, J. Aprendizagem associativa e aprendizagem espacial: história de um eixo de investigação (1981-2001). Na Vila, J., Nieto, J. e Roses, JM (2003). Pesquisa contemporânea em aprendizagem associativa. Estudos na Espanha e no México. Coleção Univesitas do local.