Os 3 estilos de liderança de Kurt Lewin

Kurt Lewin, um dos principais membros da Escola de Gestalt, deu grandes contribuições à psicologia social, mas também a outras disciplinas, como a das organizações.

Neste artigo iremos analisar os três estilos de liderança descritos por Kurt Lewin: O autoritário, o democrático e o “laissez-faire”, que pode ser traduzido como “deixar ir”.

Teoria de Kurt Lewin

Kurt Lewin (1890-1947) foi um psicólogo alemão que influenciou fundamentalmente o desenvolvimento dessa ciência durante a primeira metade do século XX. Como Wertheimer, Köhler e Koffka, ele fazia parte da escola Gestalt, Que procurou encontrar as leis que determinam a percepção humana e a tendência da mente para organizar os estímulos recebidos.

Lewin é creditado como o fundador da psicologia social como uma disciplina independente. Isso se deve à sua concepção das situações sociais como “campos de força” onde diferentes fatores operam e se confrontam, às suas pesquisas sobre ações sociais, às suas análises da dinâmica de grupo ou à sua famosa equação de predição de comportamento.

Outra contribuição fundamental deste autor é sua teoria dos três estilos de liderança, com base nas experiências que realizou em 1939. Este fragmento de sua obra teve grande impacto sobre outro ramo da psicologia: psicologia industrial, também chamada de psicologia do trabalho ou organizacional, Que analisa o comportamento no contexto do mundo do trabalho.

No entanto, a teoria da liderança de Lewin não é útil apenas para analisar o contexto das organizações, mas pode ser aplicada a qualquer grupo humano com características estruturais, como hierarquia ou tentativa de atingir um ou mais objetivos. É claro que o ambiente organizacional mostrou um interesse particular por tais teorias.

Os três estilos de liderança

A pesquisa de Lewin levou este pioneiro a descrever três tipos diferentes de liderança em ambientes de gestão organizacional: O autoritário, que tem caráter ditatorial, o democrático, em que a tomada de decisões é coletiva, e o “laissez-faire”, em que o controle do chefe sobre as tarefas desempenhadas por seus subordinados é mínimo.

Cada um desses estilos de liderança está ligado a diferentes padrões de comportamento, dinâmicas de interação e um ambiente socioemocional diferente. Os três tipos de líderes têm suas próprias vantagens e desvantagens e nenhum pode ser considerado superior em todos os aspectos; Contudo, Lewin afirmou que o democrata é o mais eficaz dos três.

1. Autoritário

Ambientes de trabalho autoritários são caracterizados pelo fato de o líder monopolizar a tomada de decisões. É essa pessoa que determina os papéis dos subordinados, as técnicas e métodos que eles devem seguir para cumprir suas tarefas e as condições em que o trabalho é executado. É um estilo de liderança amplamente utilizado na maioria das organizações.

Apesar das conotações negativas da palavra “autoritário”, Lewin insiste que esse tipo de líder nem sempre gera um ambiente socioemocional desagradável; críticas de funcionários são comuns, mas elogios também. Os líderes autoritários também são caracterizados por baixo envolvimento na execução das tarefas de trabalho eles próprios.

De acordo com as observações de Lewin, a liderança de estilo autoritário traz o risco de uma “revolução” por parte dos subordinados. Quanto mais provável, mais marcado é o caráter autoritário do líder.

2. democrata

O estilo democrático descrito por Lewin é muito diferente do tipo autoritário de liderança. Os líderes que seguem esse modelo não tomam as decisões sozinhos, mas são o resultado de um processo de debate coletivo; nisso, o líder desempenha um papel de especialista, aconselhando seus subordinados, e pode, naturalmente, intervir na decisão final, se necessário.

A maioria das pessoas tende a preferir uma liderança de tipo democrático acima do autoritário e do “laissez-faire”, principalmente quando tiveram experiências ruins com um desses estilos. No entanto, a liderança democrática apresenta um certo risco de ineficácia, especialmente quando se trata de tomada de decisão coletiva.

3. Se

O conceito francês de “laissez-faire” poderia ser traduzido aproximadamente como “deixar ir”, “não intervencionismo” ou “liberalismo”, seguindo a terminologia político-econômica usada por Lewin. Líderes desse tipo permitem que seus subordinados tomem suas próprias decisões, embora não sejam necessariamente responsáveis ​​por seus resultados.

Esse estilo de liderança é geralmente considerado o menos eficaz dos três porque pode levar à falta de produtividade e consistência; melhor ter um líder ativo. Contudo, funciona muito bem quando os subordinados são pessoas competentes e com alto nível de motivação e, além disso, não há grande necessidade de comunicação entre os trabalhadores.

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