Reflexo de Glabelar: o que é e como acontece

Os reflexos são reações rápidas que ocorrem ao entrar em contato com um estímulo específico, ou de uma maneira específica. O reflexo glabelar é uma dessas reações que as funções superiores da consciência não estão envolvidas de forma alguma. Vamos ver como fica.

Qual é o reflexo glabelar?

Como acontece com todos os reflexos, o reflexo glabelar é um processo em que o neurônio sensorial conduz o impulso diretamente para o neurônio motor, Que é responsável por enviar imediatamente a resposta a um músculo, que realiza a ação do ato reflexo.

Esse reflexo acontece quando o centro da testa é repetidamente atingido, Um pouco acima da ponta do nariz, para que os olhos não possam entrar em contato com o examinador ou com o objeto que atinja aquela área.

Uma vez que a zona glabelar é atingida, conforme descrito acima, de forma breve, mas vigorosa, é quando ocorre o reflexo glabelar, que consiste em piscando constante e anormal do sujeito sendo examinado.

Qual nervo esse reflexo envolve?

Durante essa reação, o nervo trigêmeo é mobilizado, que é o par craniano V. Esse nervo está localizado na protuberância do tronco encefálico, e daqui, estende-se ao Gangli de Gasser. Esse gânglio é a maior raiz sensitiva e está localizado na fossa média craniana, de onde seus corpos neurais são divididos em três partes: o ramo oftálmico (V1), o ramo maxilar (V2) e, por fim, o ramo mandibular (V3).

Dependendo do ramo estimulado, por um contato ou um estímulo visual, podemos observar um reflexo diferente nos olhos ou em uma área do rosto do sujeito.

Quando experimentamos a área da testa acima do nariz (zona glabelar), com o traço e a forma descritos acima, o que fazemos é estimular o ramo oftálmico (V1) do gânglio de Gasser, Que está ligado ao nervo trigêmeo (par craniano V).

Todas essas conexões precisam funcionar corretamente para que o reflexo ocorra; se houver interferência ou anormalidade em um determinado momento, a sinapse não poderá ocorrer de maneira adequada.

Portanto, o neurônio aferente desse reflexo, que pertence ao nervo facial (III par craniano), não enviaria nenhum sinal para o músculo se mover, e o reflexo não passaria. Como o par craniano III (nervo facial) também está envolvido neste reflexo, através do neurônio eferente, então entendemos que o reflexo da região glabelar é de origem trigeminal-facial.

A importância deste fenômeno fisiológico

Esse reflexo é essencial para a proteção do alongamento excessivo dos músculos, neste caso os músculos das pálpebras. O reflexo da região glabelar é responsável por prevenir danos às pálpebras e por sua vez representa uma importante proteção para os olhos.

Esta avaliação é muito fácil para o examinador, pois não é invasiva. Faz parte do exame físico de rotina da pessoa, e pode detectar com grande precisão se houver dano à medula espinhal.

avaliação médica

O examinador deve prestar atenção à resposta reflexa em ambas as pálpebras; se acontecer de o piscar não ser simétrico em ambos os lados, então é um indicador de dano neurológico. Nesse caso, será necessário determinar exatamente onde a lesão está localizada, seja na via aferente ou sensitiva, no centro de processamento reflexo (interneurônio), na via eferente ou motora, ou no músculo efetor.

Para que a avaliação desse reflexo seja realizada de forma satisfatória, a pessoa avaliada deve estar em estado de relaxamento muscular completo. Caso contrário, o músculo não responderá ao estímulo da maneira esperada.

as vezes é difícil para o avaliador fazer o paciente relaxar conforme necessário Para aplicar o método de avaliação, quando essas complicações surgirem, uma série de técnicas podem ser empregadas para atingir o estado de relaxamento favorável do sujeito.

Exemplos de técnicas

Algumas dessas técnicas são as seguintes.

1. Use a manobra de Jendrassik

Esse procedimento possibilita a obtenção do ato reflexo por meio de movimentos bruscos na área onde se busca a resposta.

Por exemplo, no caso da área glabelar, o examinador ele solicitará que o assunto mude rapidamente antes de prosseguir com a avaliação.

2. Técnicas de relaxamento

É aconselhável usá-los antes de aplicar uma percussão brutal no tendão muscular.

Referências bibliográficas:

  • Purves (2004). Neurociências: terceira edição. Massachusetts, Sinauer Associates, Inc.
  • Derrickson (2006). Princípios de anatomia e fisiologia.

Deixe um comentário