O sinal nervoso é transmitido por impulsos bioelétricos gerados por neurônios e levado de um para o outro até que a mensagem chegue ao seu destino.
Esse transporte depende em grande parte da ação de neurotransmissores, substâncias que são transmitidas de um neurônio a outro por meio de sinapses e causam um efeito excitatório ou inibitório no neurônio pós-sináptico.
Um desses neurotransmissores e de fato o primeiro identificado é acetilcolina, Substância da qual falaremos neste artigo.
Acetilcolina: um neurotransmissor
A acetilcolina é uma substância classificada como um éster, feita de compostos de um ácido oxigenado e um radical orgânico. É, como já mencionei, o primeiro neurotransmissor descoberto, em 1914, e os vários elementos responsáveis por sua síntese e eliminação. eles constituem o chamado sistema colinérgico.
A acetilcolina é considerada principalmente como um neurotransmissor do tipo excitatório, Mas também pode exercer uma ação inibitória dependendo do tipo de sinapse no ato.
Por outro lado, a acetilcolina é considerada um dos principais neurotransmissores do sistema nervoso e um dos mais comuns, pode ser encontrado em todo o cérebro e no sistema nervoso autônomo.
síntese
Síntese de acetilcolina ocorre dentro dos neurônios, especialmente em seu citoplasma, Pela união de ácido acético ou acetil-CoA e colina graças à enzima colinacetiltransferase.
Depois disso, a acetilcolina é enviada ao longo do axônio até o botão terminal, onde será armazenada até seu uso e liberação no espaço sináptico.
Receptores de acetilcolina
A ação da acetilcolina se dá por sua interação com uma série de receptores que reagem à sua presença nos diferentes locais onde atua esse neurotransmissor. Especificamente, podemos encontrar no sistema nervoso dois tipos principais de receptores colinérgicos.
Receptor muscarínico
É um tipo de receptor metabotrópico, ou seja, requer o uso de cadeias de segundo mensageiro para que permitem a abertura de canais iônicos. Isso implica que seu desempenho é geralmente lento e tem um efeito mais duradouro ao longo do tempo.
Esse tipo de receptor é geralmente aquele com maior presença no cérebro, bem como no sistema nervoso parassimpático. Eles podem ter uma performance tanto excitatório quanto inibidor.
receptor de nicotina
Esse tipo de receptor, que também possui afinidade pela nicotina, é ionotrópico, o que gera uma resposta rápida do receptor que permite a abertura imediata do canal. Seu efeito é fundamentalmente excitante. nós geralmente os encontramos nas conexões entre neurônio e músculo.
Degradação de neurotransmissores
A maioria dos neurotransmissores é prescrita pelo neurônio pré-sináptico após serem liberados. Nesse sentido, a acetilcolina tem a particularidade de não ser coletada, mas degradada pela enzima acetilcolinesterase presente na própria sinapse.
acetilcolina tem uma vida útil muito curta nas sinapses porque se degrada muito rapidamente.
deveres principais
A acetilcolina é um neurotransmissor que pode ser excitatório ou inibitório dependendo dos receptores e de onde é liberado. Pode atuar em diferentes lugares e ter diferentes funções para o corpo, sendo algumas das principais as seguintes.
1. Controle do motor
Movimento voluntário dos músculos requer a ação da acetilcolina, causando as contrações musculares necessárias ao movimento. Nesse aspecto, a acetilcolina tem função excitatória, agindo por meio de receptores ionotrópicos.
2. Atividade do sistema nervoso autônomo
A acetilcolina é um dos principais componentes pelos quais nosso corpo pode se preparar para a ação contra diferentes estímulos ou desligar quando a ameaça cessa. Este neurotransmissor atua no nível pré-ganglionar, ou seja, no transmissão de impulsos nervosos entre a medula espinhal e o gânglio, Nos sistemas simpático e parassimpático.
No sistema parassimpático, essa ação também ocorre no nível pós-ganglionar, entre o órgão-alvo e o linfonodo. No caso do sistema parassimpático, podemos observar como a ação da acetilcolina produz um efeito inibitório. Entre outras ações ajuda a diminuir a frequência cardíaca, Bem como aumento da ação intestinal e funcionamento visceral.
3. Sono REM
O sono REM ou sono paradoxal é afetado pela ação da acetilcolina, que participa da estrutura do sono e lhe confere características diferentes.
4. Produção e gestão de hormônios
A acetilcolina também tem função neuroendócrina da glândula pituitária, Como sua ação provoca aumento da síntese de vasopressina ou diminuição da prolactina.
5. Conscientização, atenção e aprendizagem
A capacidade do ser humano de aprender por meio da percepção é amplamente mediada pela ação da acetilcolina, além de manter a atenção e até mesmo o nível de consciência. Causas da acetilcolina que o córtex cerebral permanece ativo e permite o aprendizado.
6. Formação de memórias
A acetilcolina também é uma substância de grande importância para formar memórias e moldar nossa memória, Participe do manejo do hipocampo nesta área.
7. Percepção de dor
A atividade da acetilcolina está amplamente envolvida na percepção da dor.
Referências bibliográficas:
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