Teoria endossimbiótica: a origem dos tipos de células

A curiosidade humana não tem limites. Ele sempre precisou apaziguar essa necessidade de saber por tudo ao seu redor, seja por meio da ciência ou da fé. Uma das grandes dúvidas que a humanidade tem perseguido é a origem da vida. Como ser humano, se perguntar sobre a existência, como ela se tornou hoje, é um fato.

A ciência não é exceção. Existem muitas teorias relacionadas a essa ideia. A teoria da evolução do teoria da endossimbiose serial são exemplos claros. Este último postula como as células eucarióticas atuais que compõem a formação de animais e plantas foram geradas.

Células procarióticas e eucarióticas

Antes de começar, tenha em mente o que é uma célula procariótica e uma célula eucariótica.

Todos eles têm uma membrana que os separa do exterior. A principal diferença entre esses dois tipos é que nos procariotos não há presença de organelas de membrana e seu DNA está livre dentro. O contrário ocorre com os eucariotos, que são cheios de organelas e o material genético se limita a uma região dentro de uma barreira conhecida como núcleo. Devemos manter esses dados em mente, porque a teoria endossimbiótica é baseada na explicação do aparecimento dessas diferenças.

teoria endossimbiótica

Também conhecida como Teoria da Endossimbiose Serial (SET), foi postulado pela bióloga evolucionista americana Lynn Margulis em 1967, para explicar a origem das células eucarióticas. Não foi fácil e sua publicação foi repetidamente recusada, porque naquela época ele dominava a ideia de que os eucariotos eram o resultado de mudanças graduais na composição e na natureza da membrana, de modo que essa nova teoria não se encaixava na crença predominante.

Margulis buscou uma ideia alternativa da origem das células eucarióticas, estabelecendo que ela se baseava na união progressiva das células procarióticas, onde uma célula fagocita com as outras, mas em vez de digeri-las, aquelas que as fazem se separar. Isso teria dado origem às várias organelas e estruturas dos eucariotos atuais. Em outras palavras, ele fala sobre endossimbiose, uma célula é introduzida em outra, Obtenha benefícios mútuos por meio de uma relação simbiótica.

A teoria da endossimbiose descreve esse processo gradual em três grandes incorporações sucessivas.

1. Primeira incorporação

Nesta etapa, uma célula que usa enxofre e calor como fonte de energia (arco termoacidofílico) se junta a uma bactéria natatória (espiroqueta). Esta simbiose iniciaria a capacidade de certas células eucarióticas se moverem graças à peste (como os espermatozoides) e o aparecimento da membrana nuclear, O que deu ao DNA mais estabilidade.

As arqueobactérias, embora sejam procarióticas, são um domínio diferente das bactérias e foram descritas na evolução como estando mais próximas das células eucarióticas.

2. Segunda incorporação

Uma célula anaeróbica, para a qual cada vez mais oxigênio na atmosfera era tóxico, precisava de ajuda para se adaptar ao novo ambiente. A segunda incorporação que é postulada é a união de células procarióticas aeróbias dentro da célula anaeróbia, explicando a aparência de peroxissomo e organelas mitocondriais. Os primeiros têm a capacidade de neutralizar os efeitos tóxicos do oxigênio (principalmente os radicais livres), enquanto os últimos derivam sua energia do oxigênio (cadeia respiratória). Com essa etapa, ele já apareceria na célula eucariótica animal e no fungo (fungo).

3. Terceira incorporação

As novas células aeróbias, por algum motivo, realizavam endossimbiose com uma célula procariótica que tinha a capacidade de fotossintetizar (obter energia luminosa), dando origem à organela das células vegetais, o cloroplasto. Com esta última adição, é dado a origem do reino vegetal.

Nas duas últimas adições, as bactérias introduzidas se beneficiariam da proteção e absorção de nutrientes, enquanto o hospedeiro (célula eucariótica) ganharia a capacidade de utilizar oxigênio e luz respectivamente.

Provas e contradições

Hoje em dia, a teoria endossimbiótica é parcialmente aceita. Há pontos em que foram a favor, mas outros que suscitam muitas dúvidas e discussões.

A coisa mais clara é que mitocôndrias e cloroplastos têm seu próprio DNA circular de fita dupla dentro livremente, independentemente do nuclear. Algo impressionante, porque lembram células procarióticas por sua configuração. Além disso, eles se comportam como uma bactéria, pois sintetizam suas próprias proteínas, usam ribossomos dos anos 70 (não os ribossomos dos anos 80 como os eucariotos), desenvolvem suas funções através da membrana e replicam seu DNA e realizam uma fissão binária para se dividir ( e sem mitose).

A prova também se encontra em sua estrutura. A mitocôndria e o cloroplasto possuem uma membrana dupla. Isso pode ser devido à sua origem, sendo o interior a própria membrana que envolve a célula procariótica e a vesícula externa durante a fagocitose.

O maior ponto de crítica é a primeira incorporação. Não há evidências que mostrem que essa junção entre células existia e sem amostras é difícil mantê-la. O aparecimento de outras organelas também não é explicado células eucarióticas, como o retículo endoplasmático e o aparelho de Golgi. E o mesmo vale para os peroxissomos, que não têm DNA próprio nem camada dupla de membranas, de modo que não há amostras tão confiáveis ​​quanto nas mitocôndrias ou no cloroplasto.

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