As 7 atitudes de atenção plena

Mindfulness é uma terapia de terceira geração que enfatiza o processo de preste total atenção às experiências presentes, Enquanto você vive, concentre-se no que está acontecendo no presente e de uma forma positiva com conexões vitais.

Existe um programa específico chamado MBSR (redução do estresse com base na atenção plena). Este é um programa desenvolvido nos Estados Unidos, por Jon Kabat-Zinn, em um centro médico da Universidade de Massachusetts.

No seu formato usual, está estruturado como um curso ministrado em grupos (pequenos grupos), aproximadamente 30 horas. Estudos mostraram reduções significativas de 35% nos sintomas médicos associados ao estresse e 40% no sofrimento psíquico (Martín, 2014).

aqui veremos quais são as chaves e atitudes de atenção plena e como ele é usado na terapia.

O mecanismo de estresse

O estresse é um desenvolvimento evolutivo com milhares de anos de história. Na verdade, é um mecanismo de sobrevivência sem o qual os seres humanos não poderiam ter sobrevivido em um mundo inóspito. Este fenômeno é baseado em um mecanismo fisiológico complexo em que seus principais protagonistas são o medo e a raiva. Isso possibilita a aplicação de habilidades de evasão ou combate, conforme o caso, diante de estímulos e sinais de perigo, por meio do que se denomina espírito de sobrevivência.

Por outro lado, o estresse tem três fases. A primeira é a estimulação, que é a reação do corpo ao lidar com o problema; a segunda é a resistência à ameaça e, por fim e como resultado de todos os esforços gerados, o esgotamento. Com isso vem desgaste, que é o verdadeiro significado da palavra estresse. Desse desgaste deriva uma série de doenças associadas à ansiedade, bem como causas ambientais e / ou genéticas.

Como vimos, todo o mecanismo de estresse foi muito útil em habitats típicos do Paleolítico. Contudo, este mecanismo defensivo foi mantido ao longo do tempo em face dos eventos atuais que podem permanecer ameaçadores (Como um indivíduo fugindo quando um rio transborda), ou diante de estímulos que o próprio indivíduo interpreta como ameaçadores, mas talvez de forma menos objetiva (terminar um trabalho em determinado ponto, pois pode haver uma percepção de “ ruído ” )

Nessas situações, o estresse pode deixar de ser funcional quando sujeito a uma ativação constante, pois a mente pode nos levar a imaginar ou antecipar situações desagradáveis ​​“ilimitadas”, levando-nos ao clássico estresse disfuncional ou patológico.

Quando esta reação corpo-mente se torna crônica, repetindo-se continuamente, facilita o aparecimento de problemas de saúde mental.

Problemas relacionados ao estresse

Como mencionado acima, o estresse é desencadeado por duas emoções básicas, raiva e medo. Se a causa que os gera não for resolvida, surge a tristeza e, se durar mais, esse fenômeno pode dar lugar à depressão.

A raiva crônica nos levará à agressão e à violência, enquanto o medo crônico nos levará à ansiedade, fobia ou ataques de pânico.

Assim, no mundo de hoje, longe de ser tomado por predadores como no Paleolítico, podemos ficar presos em nossos próprios pensamentos. Nossos pensamentos estão sempre ocupados com um passado que não pode ser mudado e projetando o desejo de um futuro imprevisível.

É por isso que a respiração, a autoconsciência, a conexão conosco, com o momento presente, no aqui e agora, é onde podemos colocar nossas energias por meio da Atenção Plena ou da Atenção Plena. Trata-se, portanto, de sentir o presente, ouvir o momento, fechar os olhos e tomar consciência do que está vivenciando a cada momento, sem ficar obcecado com o que está por vir.

Atitudes de atenção plena

Da compaixão para consigo e para com o outro (compaixão entendida como compressão da dor ou do desconforto, e não do “pobre que é mau”), a plena consciência assume 7 atitudes.

1. Não julgue

Evite ataques emocionais o que invalida a pessoa que o recebe.

2. Paciência

Tenha respeito e compaixão pelo nosso espírito e volte ao presente quando perceber que estamos nos afastando dele. É sobre aceitar-se como você é. Não finja ser o contrário.

3. Espírito iniciante

Observe nossa experiência com curiosidade, Como se estivéssemos experimentando pela primeira vez. Será o facilitador quem irá encorajar a motivação e a atenção.

4. Confiança

Confie em nós e não nos julgue. Liberte-se da tendência de nos julgar com severidade.

5. Não force

Medite não para (aliviar a dor), mas para (sentir a dor). Se tivermos uma sessão bem estruturada, seremos capazes de criar a energia certa e necessária para cada exercício.

6. Aceitação

Quando não nos aceitamos, perdemos oportunidades de tomar as medidas mais adequadas, E desperdiçamos energia e tempo, o que afeta nossa saúde física e mental. Não force as situações. Admita o presente.

7. Solte

Não se prenda a ideias, sentimentos e resultados.

Relação com terapia cognitivo-comportamental

A terapia cognitivo-comportamental argumenta que nossos pensamentos são nossos, e são eles que apoiam nossas ações. Mindfulness porque ajuda as pessoas a observar cada pensamento como uma hipótese para questionar e gerar novos pensamentos ótimos, funcionais ou objetivos. Portanto, as duas ferramentas se complementam bem.

Benefícios da atenção plena

Mindfulness gera mudanças associadas a vários benefícios, Tanto fisicamente como emocionalmente. Estes são, entre outros, os seguintes.

  • Recarregue as energias e reduza o sofrimento.
  • Desfrute de um sono de qualidade.
  • Relaxe melhor.
  • Reserve um tempo para você.
  • Reduza distrações.
  • Aceite a realidade como ela é.
  • Conecte-se com você mesmo e desenvolva melhores relacionamentos com os outros.
  • Incentive o bem-estar físico geral.
  • Identifique e reconheça emoções e pensamentos e minimize a ansiedade que eles produzem.
  • Reduza o estresse para atingir um estágio de calma.

Estrutura da sessão e aplicações clínicas

As sessões são conduzidas por psicólogos, terapeutas ou profissionais treinados em mindfulness. As estruturas das sessões são diferentes, mas perseguem os mesmos objetivos: Traga a calma para quem a pratica e para que a generalize no seu dia-a-dia. São programas estruturados em sessões diferenciadas, de acordo com as necessidades, ou individualizados em terapia psicológica, ou em sala de aula. É fundamental que os instrutores saibam orientar e compreender o contexto e as pessoas que frequentam as sessões.

Por outro lado, as aplicações para as quais Minfulness se destina são:

  • Estresse
  • Síndrome do pânico
  • Transtorno de humor
  • Transtornos de ansiedade

  • somatizações
  • Distúrbios alimentares
  • transtorno psicótico
  • vícios

A meditação não deve ser vista como tratamento psicológico ou psicoterapia per se (Vallejo, 2007), embora possa fazer parte e ajudar a melhorar sua eficácia, com a prática diária.

Autores: Sandra Giménez e Santiago Luque, psicólogos do BarnaPsico

Referências bibliográficas:

  • Onion, A, Camps, D (2016): Teaching Mindfulness. Contexto de instrução e pedagogia. Journal of Psychotherapy. Vol, 27. páginas 103-108.
  • Thich Nhat Hanh (2016): Silêncio. O poder da quietude em um mundo barulhento. Urano.
  • Unger A. (2016): Calm. 50 Exercícios de atenção plena e relaxamento. Para reduzir o estresse. 5 tintas.
  • Martin, A (2008): Alone: ​​Enjoy the Stress Free Life.

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