Pselismofobia (medo de gaguejar): sintomas, causas e tratamento

Pselismofobia é o medo intenso e persistente da gagueira. É um medo que costuma piorar e prolongar a gagueira. É também um medo ligado às fobias sociais.

A seguir, veremos o que é pselismofobia, quais são algumas de suas principais características e causas, bem como o tratamento mais comum para fobias sociais.

Pselismofobia: medo de gaguejar

A palavra “pselismofobia” ou “pselismofobia” é composta do termo “pselismo” que significa “gagueira” e “fobos” que significa “medo”. Nesse sentido, a pselismofobia é o medo persistente e irracional da gagueira (distúrbio na fluência da fala). Isso é uma fobia ligada a diferentes medos de se envolver em interações verbais, como glossofobia, lalofobia ou lalofobia.

Para o primeiro, a pselismofobia é frequentemente considerada um tipo de fobia social ou uma característica da segunda. A fobia social, por outro lado, é caracterizada por um medo intenso, persistente e excessivo de uma ou mais situações sociais, bem como pela obrigação de realizar ações na presença de outras pessoas.

O exposto acima pode acontecer na frente de pessoas conhecidas ou desconhecidas, no entanto o medo não é das pessoas ou da interação em si, mas a humilhação, o desconforto e a possibilidade de serem comparados ou avaliados.

principais sintomas

Na fobia social, as situações temidas mais comuns são falar em público, iniciar ou ter conversas com novas pessoas, conversar com figuras de autoridade, ser entrevistado e ir a festas. A exposição a estes gera ansiedade e seu correlato fisiológico correspondente: sudorese, aumento da freqüência cardíaca, hiperventilação, Diminuição da atividade gastrointestinal, etc., e às vezes ataques de pânico.

Outras manifestações comuns são boca seca, espasmos nervosos e erupção cutânea. Freqüentemente, essas respostas são geradas em antecipação, ou seja, antes da exposição às interações sociais. Da mesma forma, essas respostas são uma consequência da atividade de diferentes sistemas, como o sistema nervoso autônomo, o sistema cognitivo e o sistema comportamental.

Para neutralizar a reação de ansiedade, a pessoa gera diferentes comportamentos de evitação de interação social. Estes acabam tendo um impacto significativo e negativo em suas atividades diárias. Na verdade, é o último critério (o desconforto que interfere claramente na vida de uma pessoa) que faz a diferença entre a fobia social e a ansiedade social (também chamada de timidez).

Quando se trata de adultos, a intensidade e desproporção do medo são facilmente reconhecíveis, mas quando ocorre em crianças, esse reconhecimento não passa.

as causas

Fobias sociais eles geralmente se desenvolvem na adolescência (Frequentemente por volta dos 15 anos). Este último pode estar relacionado justamente a este estágio de desenvolvimento, onde as situações que envolvem avaliação externa aumentam significativamente. A primeira se soma às demandas geradas pelos novos ambientes e pela necessidade de se estabelecer determinados papéis em um sistema social além da família.

Além disso, as fobias sociais ocorrem com mais frequência em mulheres, o que pode estar relacionado aos valores ocidentais, onde a timidez é incompatível com o papel masculino, mas é socialmente aceita nas mulheres. Por outro lado, é mais comum que ocorram em pessoas de nível socioeconômico mais baixo, problema que pode indicar desconfortos relacionados a hierarquias desiguais e relações de poder (Bados, 2009).

No caso específico da pselismofobia, é importante considerar o mesmo medo de gaguejar é uma das principais causas da gagueira persistente. Como tal, pode desencadear uma evitação constante de falar e interagir com outras pessoas, especialmente se essas forem as situações descritas acima.

Nesse sentido, além de ser uma fobia particular, a pselismofobia é, por um lado, uma das causas da gagueira e, por outro, uma das manifestações da fobia social. Assim, para conhecer as causas específicas do medo da gagueira, é necessário explorar o medo persistente de situações sociais mais amplas.

tratamento

Entre os tratamentos mais usados ​​para fobias sociais, encontramos exposição ao vivo em um ambiente natural, exposição pela imaginação, Treinamento em habilidades sociais, reestruturação cognitiva, autoaprendizagem, técnicas aplicadas de relaxamento, realidade virtual e simulação (Bados, 2009).

Além disso, técnicas de redução do estresse típicas do modelo cognitivo-comportamental têm sido utilizadas recentemente, como terapia de apoio educacional com explicações, demonstrações e discussões sobre os determinantes da fobia. Quanto ao programa de manutenção abordagens de terapia de grupo também foram realizadas, Uma vez que a ansiedade relacionada às interações sociais diminuiu (ibid.).

Finalmente, e dada a prevalência, pode ser importante explorar e trabalhar o empoderamento a partir da crítica dos valores de gênero e das desigualdades socioeconômicas, para que as interações sociais possam ocorrer com mais confiança e afirmação.

Referências bibliográficas:

  • Bados, A. (2009). Fobia social. Faculdade de Psicologia. Departamento de Personalidade, Avaliação Psicológica e Tratamento. Universidade de Barcelona. Acessado em 27 de setembro de 2018. Disponível em http://diposit.ub.edu/dspace/bitstream/2445/6321/1/Fobia%20social.pdf.
  • Pselismofobia. Common-phobias.com. Acessado em 27 de setembro de 2018. Disponível em http://common-phobias.com/Psellismo/phobia.htm.

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