Um estudo da Escola de Medicina da Universidade Brown de Rhode Island sugere que cerca de 50% dos casos diagnosticados de transtorno bipolar podem estar errados.
O sobrediagnóstico de transtorno bipolar
Este relatório é um dos últimos a sair da Brown University, nos Estados Unidos, com o objetivo de otimizar o Avaliação Diagnósticae representa uma frente comum de colaborações entre pesquisadores universitários e profissionais de saúde da área psiquiátrica. O estudo foi conduzido com base em entrevistas com 800 pacientes psiquiátricos usando um teste de diagnóstico de entrevista clínica abrangente e estruturado para transtornos do DSM. Os entrevistados também responderam a um questionário no qual eram questionados se haviam sido diagnosticados com transtorno bipolar ou depressão maníaca.
146 desses pacientes indicaram que já haviam sido diagnosticados com transtorno bipolar. No entanto, os pesquisadores descobriram que apenas 64 dos pacientes sofriam de transtorno bipolar com base em seus próprios diagnósticos usando o teste SCID.
Controvérsia: sobrediagnóstico sob o microscópio
Os pesquisadores estão estudando algumas hipóteses explicativas diante desses resultados surpreendentes que sugerem um diagnóstico desproporcional dos casos de Transtorno Bipolar. Entre eles, especula-se sobre uma maior propensão dos especialistas em diagnosticar a TB diante de outras doenças mais estigmatizantes e para os quais não existe um tratamento claro. Outra teoria explicativa atribui a responsabilidade pelo sobrediagnóstico à propaganda agressiva de medicamentos usados em tratamentos pelas empresas farmacêuticas. Muitos profissionais e cientistas apontaram recentemente que o TDAH também pode ser sobrediagnosticado.
Os pesquisadores insistem na necessidade de usar métodos padronizados e validados, como o SCID, para obter diagnósticos confiáveis.
Referências bibliográficas:
- Zimmerman M., (2008) Is Bipolar Disorder Overdiagnosed? Journal of Clinical Psychiatry.