O que você faz durante a primeira sessão com um psicólogo?

Hoje e cada vez com maior frequência, uma parte considerável da população frequentou ou nunca irá aos serviços de um psicólogo. Se no passado era desaprovado e muitas pessoas se envergonhavam ou denunciavam, esse estigma foi drasticamente reduzido ao longo dos anos, fazendo com que cada vez mais pessoas recorressem a esse tipo de serviço em caso de necessidade.

No entanto, este ainda é um tipo de serviço visto como algo estranho e no qual a maioria das pessoas hesita, não sabendo exatamente como funciona ou o que tem sido feito. Um dos momentos que mais geram incertezas é o primeiro contato com o profissional, muitas vezes sem saber exatamente o que vai ser feito ou o que esperar. O que você faz durante a primeira sessão com um psicólogo? Este é o tópico sobre o qual falaremos ao longo deste artigo.

O que é feito durante a primeira sessão de psicoterapia

A primeira coisa a ter em mente é que a primeira sessão é, com a possível exceção de um primeiro telefone ou contato pela Internet, o primeiro contato entre terapeuta e paciente.

Isso significa que, no momento, ainda não nos sabemos nada um do outro, exceto por termos lido o site do centro ou as opiniões sobre o profissional, e principalmente no caso do terapeuta, que não terá conhecimento do seu paciente.

Em geral, deve-se ter em mente que o objetivo geral da primeira sessão será fazer contato, conhecer o caso em questão e gerar um bom relacionamento terapêutico.

Este último aspecto é essencial, pois, em geral, serão tratados os aspectos profundos do psiquismo. Sem um nível adequado de confiança entre o profissional e o paciente, o usuário não poderá expressar seus medos, dúvidas, emoções e pensamentos, o que levará a uma relação improdutiva e dificultará o sucesso da terapia.

Claro, a relação positiva ou a relação terapêutica certa será construída não só durante esta sessão (na qual é comum ser um pouco tímido), mas durante as diferentes sessões.

Primeiro contato com o paciente

O primeiro era receber o paciente, fazê-lo sentir e fazer as apresentações relevantes. É comum tentar quebrar o gelo com um paciente para gerar uma atmosfera positiva e confiante, para explicar aos poucos o que vai ser feito ao longo da sessão.

Também é comum que se estabeleçam em algum momento da entrevista (embora muitos profissionais não o digam de forma direta, dando por certo ou tendo relatado em formulários ou meios de contato anteriores), ou no início, no final, que todas as informações fornecidas serão absolutamente confidenciais. As únicas exceções são que haja ordem ou solicitação de um juiz ou que possa haver prejuízo grave à vida ou integridade do próprio sujeito ou de terceiros.

História

Após a apresentação, será agendada uma entrevista para obtenção de informações sobre o caso em si, geralmente por meio do processo denominado anamnese. Este é o método pelo qual as informações mais relevantes do caso específico são coletadas, Incluindo o problema em questão que o motivou a sair, o estilo de vida e os hábitos sociais e a história e antecedentes do sujeito.

Normalmente, você começa perguntando sobre o problema ou a demanda do tópico, focalizando a situação atual, bem como o que especificamente o levou a ir aqui e agora. Você também será questionado sobre aspectos como quando o problema começou, a que está associado e os sentimentos que ele gera, quais dificuldades específicas ele gera na vida do paciente.

esta ainda ocorre se o profissional tivesse laudo nesse sentido (Por exemplo, se deriva de um médico ou por ordem judicial), para que o profissional veja qual é a solicitação do sujeito e se há algum problema de vida e de fala, faça para si mesmo uma ideia de sua abordagem. Propõe-se que o paciente expresse sua solicitação / problema no momento,

Feito isso ou antes disso (a ordem específica depende de como cada profissional aborda a ordem e as características do paciente), a fim de saber mais sobre o paciente e obter mais informações sobre o problema e as circunstâncias que o cercam, um São geralmente solicitadas séries de dados gerais sobre o paciente e sua vida que podem ser interessantes e relacionados à problemática.

Nesse sentido, será útil conhecer a presença de possíveis antecedentes limpos e familiares o mesmo problema ou um problema que poderia ter um efeito concreto sobre o assunto. Frequentemente, também são solicitados dados básicos sobre o meio ambiente: se você tem filhos ou irmãos, estado civil, relação com os pais e sua profissão ou, em geral, a estrutura familiar com a qual vivem. Também sobre a vida social, existência ou não companheiro e o estado da relação ou da vida profissional.

Não se trata de pedir mais nada e conhecer todos os aspectos da sua vida, mas sim de conhecer a situação geral. A coleta de informações deve respeitar os limites éticos: o profissional se concentrará nos aspectos relevantes para abordar e solucionar o motivo da consulta e, se julgar necessário, aprofundar algumas questões.

Obviamente estamos na primeira sessão, sendo um diálogo que busca informações porém nem seja um interrogatório: Na verdade, o material importante para o caso frequentemente acabará sendo descoberto ao longo das sessões que estava oculto ou considerado irrelevante neste estágio inicial. As informações fornecidas não são imutáveis ​​e não devem ser muito exaustivas, pois podem ser exaustivas e até desagradáveis ​​para o usuário.

O profissional ouvirá o que o paciente tem a dizer, embora possa solicitar esclarecimentos sobre aspectos essenciais e fará com que ele entenda e valorize o que lhe é explicado. A atitude do terapeuta será a escuta ativa, Considerando o que o paciente quer dizer (e também o que ele não fala, sendo algo que também fornece muitas informações), empático e cordial. Ele também procurou ser genuíno e profissional, e em todos os momentos procurou fazer o paciente entender que não será julgado independentemente do que explique, gerando um clima de confiança e aceitação.

Avaliação de expectativas e definição de metas

Uma vez avaliada a situação, o profissional discutirá com o paciente as expectativas e os objetivos do paciente quanto ao motivo da consulta e ao fato de buscar ajuda profissional.

É importante avaliar esse aspecto porque os objetivos iniciais ou mesmo o que se espera do profissional podem ser irreais ou mesmo não avaliar a real superação do problema, mas sim de uma dificuldade específica que ele gera. Com base em todas as informações adquiridas, objetivos gerais serão negociados o que se busca com a relação profissional e os papéis de cada um será estabelecido.

Avaliação com instrumentos quantitativos

Pode ser necessário usar algum tipo de ferramenta de avaliação em um serviço ou consulta de psicologia para avaliar a presença de um transtorno ou para avaliar um fenômeno, sintoma ou dificuldade quantitativamente. Porém, mesmo que seja o caso, as informações resultantes devem ser comparadas e avaliadas com base na entrevista, não constituindo os resultados absolutos.

Um exemplo disso seriam os pacientes atendidos em um serviço de neuropsiquiatria, é comum que suas habilidades sejam avaliadas durante a mesma sessão. Como parte de uma consulta de psicologia, você também pode achar necessário avaliar o nível de ansiedade ou avaliar até que ponto um traço de personalidade está presenteEmbora uma primeira sessão não seja tão comum quanto você possa imaginar. Além disso, nem todos os profissionais irão usá-los na prática clínica ou em todos caso, dependendo de cada situação específica.

Recapitulação e orientação para sessões subsequentes

Antes do final da sessão, costuma-se fazer uma recapitulação de tudo o que aconteceu, a fim de ajudar a estabelecer no paciente um diagrama mental do que foi feito e discutido e avaliar se o profissional inclui todas as informações.

Além disso, é possível dar um pequeno avanço no que está planejado para a próxima sessão. Também e dependendo do problema e do profissional algumas diretrizes psicoeducacionais gerais podem ser estabelecidas, Na ausência de estudos adicionais sobre o assunto.

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