É assim que a ansiedade generalizada leva você a pensamentos obsessivos

Tão bom A ansiedade é uma experiência completamente normal na vida de qualquer pessoa., em alguns casos está ligada a certas psicopatologias. É o que acontece no TAG, ou Transtorno de Ansiedade Generalizada, um transtorno de ansiedade caracterizado pelo aparecimento de preocupações excessivas e persistentes que causam desconforto no sujeito. Saber como funciona é fundamental para saber como lidar com isso.

Portanto, se você quer saber o que é TAG e como se relaciona com pensamentos obsessivos irracionaiscontinue lendo.

Características do Transtorno de Ansiedade Generalizada

Vamos começar examinando os aspectos mais distintos desse distúrbio psicológico. O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é classificado nos manuais de diagnóstico como um transtorno de ansiedade. Mais especificamente, o TAG tem como principal característica preocupação excessiva e expectativa de apreensão. Ou seja, o sujeito com esse tipo de ansiedade antecipa a possível ocorrência de eventos negativos, gerando essa ansiedade de antecipação.

Os critérios diagnósticos para transtorno de ansiedade generalizada na última versão do Manual de Diagnóstico da American Psychiatric Association (DSM 5) são: ansiedade e preocupação excessiva quase todos os dias por pelo menos 6 meses; o paciente tem dificuldade em controlar as preocupações constantes; e aparecem três dos seguintes sintomas (inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e dificuldade para dormir).

Também deve ser avaliado se a alteração e o desconforto são clinicamente significativos ou afetam a funcionalidade do sujeito. Vemos então como, para além dos sintomas cognitivos, ou seja, das preocupações definidas como sintomatologia principal, observamos também outros traços característicos como tensão ou fadiga muscular, sintomas físicos.

As constantes preocupações da TAG

O TAG demonstrou ser o transtorno de ansiedade menos influenciado geneticamente. Considera-se que o TAG surge de forma erudita, ou seja, em influência do ambiente. Existem várias teorias que tentam explicar a etiologia dos transtornos de ansiedade, embora uma delas, discutida por Adrian Wells, seja a mais útil para explicar o aparecimento e a manutenção do transtorno de ansiedade generalizada.

Adrian Wells levanta o modelo metacognitivo para explicar as preocupações típicas do TAG. Esse autor acredita que tanto as considerações positivas quanto as negativas que podem ser feitas sobre a preocupação podem levar ao aparecimento de um sentimento de ameaça e desconforto.

Eles existem dois tipos de preocupações. As preocupações do tipo 1 são direcionadas para o mundo exterior, eventos ambientais ou eventos externos. Nesse caso, os sujeitos muitas vezes se preocupam porque acham que é uma forma de resolver problemas ou evitar ameaças. Assim, se esses tipos de problemas forem persistentemente repetidos, é provável que ocorram problemas patológicos.

O outro tipo de preocupação, o tipo 2, ocorre quando o indivíduo se preocupa com suas próprias preocupações. Desta vez, o sujeito percebe as preocupações como algo negativo. Esse é o tipo de preocupação característico de pessoas com transtorno de ansiedade generalizada, também chamado de metaocupação.

O autor enfatiza que o principal problema dos sujeitos com preocupações patológicas é que eles não entendem a preocupação como um processo cognitivo, como uma realização interna, mas as colocam fora. Este fato os preocupa para eventos que não são reaisisto é, transformam o pensamento em algo real e tentam evitar tal ameaça que o colocam fora.

Intolerância à incerteza

Outro psicólogo que tentou explicar a origem dos transtornos de ansiedade e especialmente do transtorno de ansiedade generalizada é Michael Dugas. Esse autor levanta o conceito de intolerância à incerteza, que é entendida como a falta de aceitação demonstrada por uma pessoa à possibilidade de que um evento negativo possa ocorrer. Ele não suporta a incerteza, a sem saber o que pode acontecer.

Assim, a intolerância à incerteza produz no sujeito o aparecimento e a manutenção de preocupações, o sujeito focando sua atenção na probabilidade de uma ameaça, ainda que mínima, fazendo com que a preocupação apareça, aumente e persista.

Tratamento

Dada a natureza do transtorno, tentaremos intervir usando técnicas cognitivas e comportamentais. Em termos de estratégias cognitivas, uma das mais comprovadas é a reestruturação cognitiva, que visa enfraquecer pensamento catastrófico e influenciar a antecipação de um evento que a pessoa teme. Em outras palavras, faz com que a pessoa deixe para trás crenças disfuncionais que, neste caso, a predispõem a medos irracionais.

Em contrapartida, como técnica comportamental, muitas vezes é escolhido expor as preocupações ao indivíduo para que ele possa normalizá-las e, assim, reduzi-las. O objetivo é permitir que o paciente aprenda mais facilmente a gerenciar esses medos e não cair em estratégias de evitação, fuga ou tentativas desesperadas de “bloquear” seus pensamentos. Graças a este tipo de intervenção, é possível passar a TAG em poucos meses.

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Se você tem um problema de ansiedade e precisa de apoio psicológico profissional, convido você a entrar em contato comigo. Meu nome é Diego Sebastián Rojo e sou especialista em terapia cognitivo-comportamental.

Referências bibliográficas

  • Sanz, LJ (2018) Manual de Preparação do CEDE PIR: Clinical Psychology Vol.1. CEDE: 5ª Edição.
  • Instituto Nacional de Saúde Mental (2017) Transtorno de Ansiedade Generalizada: Quando a Ansiedade Não Pode Ser Controlada.

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