A síndrome de burnout é uma perturbação psicológica baseada na cronicidade do stress laboral sofrido por uma pessoa, e manifesta-se através de uma série de sintomas, tanto físicos como psicológicos, que têm um impacto decisivo na vida da pessoa. .
Neste artigo você encontrará uma breve explicação sobre burnout e seu tratamento na terapia.
O que é a síndrome de burnout?
Burnout é um transtorno que piora gradualmente ao longo do tempo, com alguns de seus sintomas perda de interesse nas tarefas em mãos, falta de entusiasmo pelo trabalho e reações psicológicas negativas a ele.
Além disso, as pessoas que sofrem de burnout também podem ter ideias irracionais sobre seu trabalho, problemas de gerenciamento de tempo devido à apatia e estresse acumulado no trabalho, mesmo que não tenham um interesse genuíno no trabalho encomendado.
Ressalta-se que o estresse e a angústia vivenciados pelas pessoas com síndrome de burnout não estão relacionados apenas ao desejo de evitar o desconforto e o incômodo de não atingir as metas de trabalho, mas que esses sintomas estão associados à forma como ele percebe toda a sua vida. . Essa dinâmica causa sintomas depressivos que ancoram a pessoa em seu problema., porque é difícil para ele tomar medidas para resolver o que está acontecendo com ele. Por isso é importante contar com ajuda profissional.
Como a síndrome de burnout é tratada em psicoterapia?
A síndrome de burnout é estudada há várias décadas por profissionais da psicologia e da medicina e, graças a este estudo detalhado, foram estabelecidas várias estratégias de intervenção em psicoterapia para tratá-la com sucesso.
1. Reestruturação cognitiva
A reestruturação cognitiva é uma das técnicas mais utilizadas na prática psicológica moderna para resolver e ajudar a superar uma ampla variedade de distúrbios que afetam a vida da pessoa que necessita de apoio psicoterapêutico. Consiste essencialmente em ajudar a pessoa a detectar as crenças desadaptativas e problemáticas às quais se apega e que contribuem para a manutenção do transtorno psicológico pelo qual sofre.
A nossa realidade é condicionada pela forma como interpretamos tudo o que nos acontece no dia-a-dia, e precisamente a técnica de reestruturação cognitiva baseia-se na mudança daqueles pensamentos, ideias e interpretações negativas que fazem da pessoa a sua realidade diária por mais positivas.
Ao reestruturar o andaime mental e cognitivo da pessoa com a ajuda de um profissional qualificado em psicologia, poderemos projetar sua realidade de uma forma diferente do que antes, o que permitirá que ela seja mais feliz e tenha uma melhor qualidade de vida. vida.
2. Treinamento em técnicas de gerenciamento de ansiedade
A ansiedade é uma das principais causas da síndrome de burnout, incluindo a incapacidade de controlar a ansiedade e todos os sintomas físicos e psicológicos associados a ela. É um fenômeno paradoxal; ao mesmo tempo, a pessoa se sente desmotivada e não se sente emocionalmente ligada ao seu trabalho, ela se sente sobrecarregada com as tarefas que tem que fazer e isso faz com que ela sofra de estresse e ansiedade.
Durante uma consulta psicológica, poderemos partilhar com o profissional qualificado tudo o que sentimos sobre o trabalho ao pormenor, ou seja, todas as situações de ansiedade, stress, desconforto ou tensão que já vivemos em contexto de trabalho.
Os psicólogos são especialistas em treinar várias técnicas que nos ajudarão a gerenciar com sucesso a ansiedade, todas muito úteis e baseadas em anos de pesquisa científica.
3. Treinamento na detecção de crenças limitantes
O treinamento na detecção de crenças limitantes é outra estratégia implementada por um psicólogo para tratar casos de síndrome de burnout e ajudar a pessoa a superá-la com sucesso.
Esta técnica consiste em conhecer-se melhor rotulando, com a ajuda de um psicólogo, tanto nossas crenças limitantes quanto tudo o que sentimos sobre nosso trabalho ou contexto de trabalho.
Ao compreender e nomear essas crenças que nos impedem de avançar e sermos melhores, aprenderemos a detectá-las sempre que vierem à mente e a mudá-las para outras crenças mais positivas e adaptativas.
4. Estabeleça hábitos de vida saudáveis
Como a saúde física e mental estão ligadas, estabelecer rotinas de estilo de vida saudável tanto física quanto mentalmente é fundamental para superar todas as alterações que podem ocorrer na vida de uma pessoa, incluindo a síndrome de burnout.
O psicólogo especializado nesta intervenção ensinará o paciente a montar uma série de rotinas saudáveis, passar do desejo à ação. Por exemplo, comer e se exercitar nos ajuda a nos sentirmos melhor sobre nós mesmos, aumenta nossa autoestima e somos menos vulneráveis a pensamentos negativos.
5. Empoderamento do autoconhecimento
O empoderamento do autoconhecimento também pode ser alcançado na terapia e visa que a pessoa se reconecte com seus valores e também para descobrir novos e excitantes objetivos de médio e longo prazo.
Tendo em mente um novo horizonte para o futuro e novos objetivos a serem alcançados com este trabalho, a pessoa irá redescobrir a alegria de sua situação atual, detectando as oportunidades que ela oferece, e daí pode surgir uma motivação que lhe permita atuar novamente em seu trabalho, seja para mantê-lo ou usá-lo como plataforma para melhorar sua situação de trabalho.
6. Aprenda técnicas de relaxamento
A síndrome de burnout também está ligado a estados mentais excessivamente agitados, bem como a casos de estresse excessivo e ansiedade incontrolável; É por isso que aprender técnicas de relaxamento é tão útil para superar esse distúrbio.
Existem muitas técnicas que podemos colocar em prática para alcançar estados de relaxamento, entre as mais comuns estão mindfulness, yoga, meditação oriental, pilates ou respiração consciente.
7. Gestão do tempo para aproveitar o tempo livre
Uma das recomendações que o psicólogo nos dará em caso de síndrome de burnout é a de sempre aproveite o tempo livre que temos depois do trabalhodias de semana e finais de semana.
Aproveitar o tempo de descanso fazendo atividades prazerosas e relaxantes nos ajudará a recuperar as forças e esquecer por algumas horas as preocupações e desconfortos causados pelo trabalho.
Algumas das atividades que podemos fazer em nosso tempo livre são excursões ao ar livre, leitura, esportes de alto risco, assistir séries ou filmes e socializar com os amigos.
Referências bibliográficas
- Associação Psiquiátrica Americana (2014). DSM-5. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. Madri: Panamericana.
- Bianchi, R.; Schonfeld, IS; Lawrence, E. (2015). Sobreposição de burnout-depressão: uma revisão. Jornal de Psicologia Clínica, 36: pp. 28-41.
- Ramos Campos, M.; Contador Castillo, I. (2006) Resiliência e o modelo Burnout-Engagement em cuidadores formais de idosos, Psicothema, 18 (4): pp. 791-796.