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Redes sociais se espalharam recentemente informação falsa: APA, dizia-se, incluía um distúrbio chamado “Selfitis”, que se referia à obsessão em tirar selfies com o telefone celular. Embora seja verdade que existem pessoas que são muito obcecadas em querer mostrar uma boa imagem de si mesmas nas redes sociais, a verdade é que pela American Psychiatric Association, não houve nenhuma menção a esta suspeita de transtorno.
Para poder fazer alguma pedagogia sobre o assunto, compilamos o artigo “mentira” que tem recebido tanta atenção e polêmica.
Você já começou a pensar qual é a sua foto de perfil Facebook, Twitter, Instagram? Que sentido faz o upload de todas essas selfies diariamente para suas redes sociais?
De pessoas com vidas normais a celebridades como Angelina Jolie, Kelly Brooks, King’s Wool e Kim Kardashian postam fotos diárias e autorretratos de suas vidas diárias. Muitos vão pensar que essas selfies não fazem sentido, mas de acordo com a American Psychiatric Association (mais conhecida por sua sigla APA) em sua reunião anual, realizada em Chicago em 2014, as pessoas que fazem selfies compulsivamente podem sofrer de um transtorno mental chamado ” Selfitis “, e segundo a APA, este ato compulsivo de fazer autorretratos deve-se a esta falta de autoestima e a preencher um vazio na intimidade.
Pesquisa do próprio site
Em 2013, Nadav Hochman, Lev Manovich e Jay Chow analisaram dois milhões de fotos da rede social Instagram, que foram coletadas em cinco cidades diferentes ao redor do mundo. A análise dessas fotos revelou informações relevantes, como essa mulheres de 23 a 25 anos tiram mais selfies. Outro fato curioso é que as mulheres paulistas são as que mais sorriem e viram a cabeça em média 16,9 graus ao fazer um autorretrato, enquanto a média de todos os países não passa de 12 graus. Como pode ser visto, este foi um estudo quase absurdamente exaustivo.
Mas isso não significa que os homens estejam isentos de sofrer desse transtorno, pois há uma boa porcentagem de homens que fazem esse tipo de autorretrato compulsivamente.
Uma pesquisa realizada por psicólogos divulgou dados mais reveladores sobre Selfitis. Por exemplo, sabíamos que quanto mais selfies uma pessoa tira e espalha nas redes sociais, mais ela tende a ver seu relacionamento com os amigos nas redes sociais. Portanto, podemos concluir que pessoas que acreditam que tirar dezenas e dezenas de selfies e enviá-las para as redes sociais trará mais popularidade e amizades, elas estão erradas.
Como identificar uma pessoa com selfitis?
Para diagnosticar uma pessoa com Selfitis, não se considera apenas que a pessoa está tirando uma selfie. Tirar um autorretrato de vez em quando não é sinal de que você tem uma patologia. Para podermos falar sobre Selfitis, a quantidade de selfies deve ser significativa durante o dia, pbre também leva em consideração a restrição de compartilhar essas fotos em suas redes sociais.
Uma pessoa com Selfitis pode tirar mais de três selfies por dia e compartilhar a mesma foto mais de duas vezes em diferentes redes sociais como Instagram, Twitter e Facebook. É também identificando o distúrbio que ele consegue copiar nas fotos de poses de pessoas que tiveram grande impacto social, podendo até exibir ansiedade e depressão se sua selfie não atendesse os gostos esperados.
As fases da Selfitis
De acordo com a APA, existem 3 fases ou fases da Selfitis, que são as seguintes:
- Limite de selfitis: A pessoa pode tirar no mínimo três selfies por dia, mas sem compartilhá-los nas redes sociais.
- Autoite aguda: O assunto tira auto-retratos pelo menos três vezes por dia e depois compartilha cada um nas redes sociais.
- Selfitis crônico: Ocorre quando a pessoa tem uma necessidade incontrolável de tirar selfies ao longo do dia e compartilhar essas fotos nas redes sociais mais de seis vezes ao dia.
Tratamento de obsessão por selfies
Na reunião anual da APA, concluiu-se que o melhor tratamento possível para a autoinfecção é a terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Um problema que deve nos fazer pensar
O problema subjacente que estamos vendo na obsessão por selfies não é exatamente a febre dos smartphones, mas o cultura da imagem. O que nos diz que um adolescente passa horas tirando fotos e depois exibindo-as nas redes sociais? Em muitos casos, isso pode indicar baixa autoestima e a necessidade de se sentir aceito pelos outros.
Nesse sentido, a Selfitis é a ponta do iceberg de um problema não estritamente psicopatológico, mas que está ligado aos valores que prevalecem em nossa sociedade, uma sociedade em que a estética e as relações pessoais adquirem um papel central. -imagem de adolescentes. . Tirar selfies não significa necessariamente que haja um problema psicológico por trás dissoMas, em alguns casos, pode ser um sintoma inequívoco de que algo está errado.