7 dicas para parar de pensar demais

Pensar demais é cansativo. A paralisia por análise é um dos principais problemas do nosso tempo. Pensar demais é um dos principais motivos pelos quais nos sentimos frustrados e com pouca energia no dia a dia.

Analisar uma situação e estudar os prós e contras é algo necessário e saudável para tomar boas decisões. No entanto, em muitos casos, giramos mais do que o necessário em nossa cabeça sem chegar a uma conclusão ou a uma solução concreta.

Além disso, às vezes saltamos, sem parar, de um argumento para outro que se contradiz ou para passar rapidamente de uma emoção para outra. Por exemplo, passamos de empolgados com uma nova oportunidade de trabalho para começar a listar tudo o que poderia dar errado ou projetar possíveis cenários adversos. Então, na maioria dos casos, quando estamos muito surpresos, passamos de emoções positivas para emoções negativas, como culpa ou medo.

Pesquisas mostram que analisar demais as coisas tem uma série de efeitos negativos em nossos corpos: aumenta os níveis de cortisol (o hormônio do estresse), reduz a criatividade, atrapalha o julgamento e impede a tomada de decisões. No entanto, existem maneiras de parar de ir lá de novo e de novo. Neste artigo veremos dicas para parar de pensar demais apoiadas pela psicologia.

Como é o modelo de pensamento excessivo?

Pensar demais é algo comum; no entanto, isso não significa que seja positivo. Pensar demais se manifesta de duas maneiras principais: ruminação (pensamentos negativos repetitivos sem solução real) e projeção (fazendo previsões muitas vezes catastróficas sobre o futuro).

Pessoas que pensam demais não usam apenas palavras para evocar seus pensamentos. Eles também podem imaginar situações e eventos (geralmente catastróficos); por exemplo, eles podem imaginar seu carro saindo da estrada ou perdendo o emprego. No entanto, não importa como eles façam isso, o hábito de pensar demais e pensar demais acaba por impedi-los de fazer algo produtivo.

Além disso, Pensar demais pode ter consequências negativas na nossa saúde mental. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard mostrou recentemente que o excesso de atividade cerebral é responsável pelo esgotamento de uma proteína essencial em nosso corpo. Isso significa que pensar demais pode reduzir nossa expectativa de vida.

Há também consequências psicológicas significativas de pensar demais. Por exemplo, “ruminação”, ou pensamentos repetitivos, podem levar à ansiedade ou depressão, compulsão alimentar e, em casos mais graves, automutilação. Pensamento excessivo em sua forma mais grave (quando se manifesta com mais intensidade do que o habitual) geralmente é um sintoma de uma condição subjacente, que precisa ser tratada.

Por causa de nossos padrões de comportamento, todos nós pensamos muito de vez em quando; na verdade, a preocupação faz parte da condição humana. No entanto, não nascemos pensando demais, é o resultado do nosso desenvolvimento. Bons e maus padrões de comportamento são aprendidos através de experiências de vida ao longo do tempo. E assim como podemos aprendê-los, as pessoas também podem desaprender esses padrões nocivos mudando nossos padrões comportamentais.

Dicas para parar de pensar demais

Antes de aprender a parar de pensar demais, você precisa entender de onde vem o problema. Às vezes, revisar demais as coisas é consequência da falta de segurança, pode ter sua origem em certas condições de saúde mental, como ansiedade ou depressão. Se este for o caso, é essencial consultar um profissional médico para tratar o problema.

Em alguns casos, o excesso de pensamento só aparece na hora de tomar uma decisão complicada ou diante de certas inseguranças. Embora no início, analisar detalhadamente situações complexas é uma boa maneira de chegar a soluções ou conclusões satisfatórias. A superanálise não faz parte do pensamento racionaluma vez que não atende a nenhum objetivo concreto, é simplesmente um meio de adiar uma decisão.

Seja qual for a razão para pensar demais, existem várias técnicas que podem ajudar a aliviar o estresse resultante da atividade cerebral excessiva. Uma das primeiras perguntas que precisamos nos fazer é: “Por que estou revisando tanto as coisas?”, e dependendo da nossa resposta, explorar as diferentes soluções que podem mudar esse padrão de comportamento. No entanto, essa não é uma tarefa fácil, por isso listamos aqui uma série de dicas para alcançá-la.

1. Identifique nossos padrões prejudiciais

Como vimos, quando nos preocupamos demais ou pensamos nos problemas por muito tempo, nossos processos de pensamento podem se tornar destrutivos. Isso geralmente é causado por padrões de pensamento negativos que aparecem quando as pessoas estão estressadas ou enfrentando conflitos (externos ou internos). Dois dos padrões prejudiciais mais comuns são a ruminação e a projeção.

Ruminação é o ato de pensar continuamente e sem chegar a nenhuma conclusão sobre assuntos pessimistas ou sombrios. Esse tipo de comportamento pode fazer com que as pessoas se isolem e até fiquem deprimidas. A ruminação é especialmente comum entre os perfeccionistas, embora todos possam experimentá-lo. A projeção é semelhante à ruminação, mas é voltada para o futuro: consiste em antecipar que algo vai dar errado. Esses padrões de pensamento negativo estão profundamente ligados a crenças limitantes e experiências passadas.

2. Mudando a história que contamos a nós mesmos

As histórias que contamos a nós mesmos sobre quem somos têm um efeito significativo em nossas vidas. Mas a questão-chave é se essas histórias que contamos a nós mesmos nos impedem ou permitem que avancemos. Pensar demais faz com que as pessoas façam uma série de declarações sobre si mesmas., como “Sempre fui uma pessoa insegura” ou “Sou mais ansioso que os outros”. Essas crenças limitantes podem ser muito difíceis de mudar se nunca nos fizermos as perguntas certas, como: “Por que estou voltando tanto nas coisas? ou “Por que estou tão preocupado em cometer erros?” »

Para poder superar esses pensamentos sobre nós mesmos – que nos mantêm presos – devemos primeiro identificá-los. Então, sempre que detectarmos que estamos repetindo uma dessas velhas histórias, devemos tentar substituí-la por uma história positiva, como “Sou capaz de controlar minhas emoções”. Ao mudar a história que contamos a nós mesmos, podemos mudar nossa mentalidade.

3. Deixe de lado o passado

Normalmente, as pessoas que tendem a pensar demais concentram muita energia no passado, pensam no que poderia ter sido ou deveria ter sido. No entanto, esses pensamentos não trazem nada de útil (lo pasado, pasado está). A única coisa que podemos mudar no passado é como o interpretamos.

Deixar o passado para trás nos permite mudar significativamente nossa história. Isso significa que as experiências ruins não controlam nossas emoções presentes e os erros não influenciam as decisões futuras. Além disso, perdoar os outros e aceitar nosso passado também nos permite deixar de lado qualquer raiva ou amargura reprimida.

4. Concentre-se no momento presente

Uma das maneiras mais eficazes de evitar ruminações excessivas e preocupações com o futuro é aprender a viver o momento. No entanto, a maioria de nós não é capaz de fazer isso.

Estar ciente do momento presente requer concentração constante. Como o mundo ao nosso redor parece e soa? Por que somos gratos? Ao praticar rituais diários, como meditação e respiração consciente, podemos aprender gradualmente a viver no presente em vez de nos preocupar com o futuro. Muitos estudos mostraram o poder da meditação em nossos cérebros e na redução dos níveis de estresse.

5. Aceite nosso emoções

A preocupação excessiva geralmente é causada por enfrentar algum tipo de medo, por exemplo, sentir que as situações não estão sob nosso controle ou que não temos a vida que queremos.

Ao contrário do que muitos acreditam, viver no momento presente não significa enterrar nossas emoções negativas, mas prestar atenção nelas. Devemos, portanto, aprender a identificar as causas de nossas emoções, e o primeiro passo é reconhecê-las. Somente quando somos capazes de aceitar nossos sentimentos, mesmo os piores, podemos lidar com eles adequadamente.

6. Foco em soluções

Devemos lembrar que ninguém controla nossa vida além de nós. Concentrar-se em soluções é: identificar os problemas em nossas vidas que estão nos causando estresse e ansiedade e, uma vez feito isso, trabalhar para resolvê-los em vez de revisá-los interminavelmente.

Somente assumindo o controle de nossas vidas podemos parar permanentemente de pensar demais.. Por exemplo, se nossos pensamentos negativos estiverem relacionados ao estresse relacionado ao trabalho, talvez precisemos considerar mudar de empresa ou carreira.

7. Não se deixe levar por sentimentos negativos

Como vimos, pensar demais pode nos fazer estagnar e não conseguir tomar decisões. Isso muitas vezes acontece porque medo de tomar uma decisão ruim. Quando isso acontece, é importante observar se esse sentimento é algo racional ou decorre de um medo injustificado. Para resolvê-lo, podemos nos concentrar em nosso corpo, respirar profundamente e imaginar tomando a decisão. Fazer isso é uma maneira de saber qual sentimento guia nosso comportamento e qual é o melhor caminho a seguir.

conclusão

Aprendendo a viver no presente em vez de pensar demais, podemos melhorar drasticamente nossa felicidade e especialmente nossa paz de espírito. Para isso, devemos lembrar que a vida não é algo que nos acontece sem que possamos agir; Isso significa que mesmo emoções negativas podem levar a resultados positivos. Ao tratar essas emoções como parte de nosso crescimento, podemos aproveitá-las ao máximo.

Referências bibliográficas

  • Abramowitz JS, Schwartz SA, Moore KM, Luenzmann KR (2003). Sintomas obsessivo-compulsivos na gravidez e puerpério: uma revisão da literatura. J Transtorno de Ansiedade 17(4): 461-78
  • Julien D., O’Connor KP, Aardema F. (2007). “Pensamentos intrusivos, obsessões e avaliações no transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão crítica”. Clin Psychol Rev 27(3): 366-83.

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