Eu dependo muito do meu parceiro emocionalmente: o que fazer?

Para muitos, o amor é um mistério. Alguns vêem isso como um sentimento que move o mundo, enquanto para outros é um princípio sem fim. Desde a infância, os contos de princesas nos ensinam que o amor é o maior desejo de toda mulher, pois só assim viverão felizes para sempre.

A verdade é aquilo por trás dessa variedade de significados que damos ao amor, existem conceitos errôneos aproximadamente o mesmo; que faz com que as pessoas desenvolvam o que é comumente referido como relacionamentos tóxicos.

Atualmente, a dependência emocional afeta um terço dos casais no México, de acordo com a Dra. Noemí Díaz, chefe dos serviços psicológicos da Faculdade de Psicologia da UNAM; de modo que esse sofrimento ocorre tanto nas mulheres quanto nos homens. É por isso que é comum que muitas pessoas venham à mente uma preocupação recorrente: “emocionalmente, dependo muito do meu parceiro”.

Dependência de relacionamentos

A palavra dependente significa pendurar (pendente), como uma espécie de ornamento. Por outro lado, quando dizemos que temos algo pendente, isso implica que existe algo incompleto ou inacabado, o que significa que uma pessoa com um vício emocional é uma pessoa que se apega a outra e é emocionalmente incompleta.

Na dependência emocional do casal, também chamada de co-dependência, a pessoa depende tanto do parceiro quanto percebe o relacionamento como a única forma de garantir sua segurança pessoal. Nesse tipo de relacionamento, geralmente um é o “forte” e o outro o “fraco”. Os últimos tendem a manipular o relacionamento pela necessidade do parceiro. Enquanto os fortes, sua necessidade deve ser essencial, segundo Melgosa (2008).

A pessoa que mostra a necessidade do outro carrega consigo uma personalidade propensa aos vícios, portanto, seu parceiro representa a “droga”; mesmo a ausência disso pode causar uma crise de abstinência, por isso existe o medo de desistir.

Para evitar a separação, ele perdoa e tolera tudo, Mesmo que a pessoa se sinta desconfortável com o relacionamento, tendo discussões constantes, sendo abusada, etc. Para piorar as coisas, ela não considera mais suas próprias necessidades porque procura satisfazer as de seu parceiro; sua intenção é que seu parceiro precise dela, dependa dela, pois ela é a coisa mais próxima do afeto.

Há momentos em que as tentativas necessárias não funcionam, então o próximo passo geralmente é causar pena. A pessoa usa frases como “Eu te amo muito e você não me quer”, “depois de tudo que fiz por você e veja como você responde a mim”, etc. Isso também é chamado de chantagem emocional.

Na medida em que a pessoa fica presa nesse tipo de relação co-dependente, ela perderá sua identidade, pois seu comportamento reflete as ideias: “sem você eu não sou nada”, “não posso viver sem você”, “nem com você. Ou sem você “, etc. Portanto, Bucay (2010) refere-se ao fato de que em uma relação co-dependente não há amor, há necessidade, dependência e não há amor.

Como surgiu o problema

Como mencionado acima, o vício emocional envolve ser emocionalmente incompleto ou inacabado. Isso se deve a uma privação emocional ou falta de afeto para a infância por parte das pessoas mais importantes: pais, irmãos, tios, avós ou a pessoa mais próxima da criança.

O primeiro geralmente ocorre em famílias onde um ou ambos os pais trabalham duro e estão distantes, apesar de estarem em casa; lares onde os pais ou responsáveis ​​pensam que estão fazendo seu trabalho enchendo a criança de brinquedos. Acontece até do outro lado, com pais ou responsáveis ​​superprotetores, onde há muita atenção ou proteção, mas poucas expressões de afeto.

No entanto, a falta de afeto também pode resultar da morte de uma ou de ambas as pessoas importantes, de divórcio ou de ter sido vítima de violência doméstica. A chave é que na vida da criança raramente houve abraços, beijos, expressões de carinho, se é que houve. Tudo isso gera insegurança e baixa autoestima.

Para que, à medida que cresça, a pessoa entre em constante busca pela aprovação social, procurando sempre agradar aos outros para evitar a rejeição, mesmo em detrimento da própria dignidade. Talvez quando criança tenha aprendido que para ser amado deve corresponder às expectativas dos outros, assim como em sua época procurava corresponder às expectativas dessas pessoas importantes.

Por fim, ao escolher um parceiro inconscientemente segue o mesmo padrão, como se o escolhesse de propósito, o que significa que a pessoa com um vício emocional geralmente se sente atraída por pessoas com personalidades narcisistas que desempenham um papel dominante no relacionamento. enquanto a outra pessoa ele adota a postura de submissão buscando o prazer de receber amor. Dessa forma, eles se complementam, produzindo uma relação tóxica ou co-dependente.

Depende do meu parceiro: o que fazer para consertar?

Se você se encontra preso em um relacionamento codependente e realmente quer sair dele, aqui estão algumas estratégias de resgate:

1. Procure ajuda profissional

O primeiro passo é estar ciente de que você tem um problema. Talvez até agora seus relacionamentos não tenham funcionado, mas por outro lado, você simplesmente não suporta o celibato. Lembre-se de que você é o único responsável por si mesmo, portanto, comece a cuidar de si mesmo buscando ajuda psicológica. O psicoterapeuta irá ajudá-lo a atender a essas necessidades emocionais incompletas.

2. Acabar com esse relacionamento que está te machucando

Tens duas opções: continuar a sofrer por amor ou recompor o caminho retomando o essencial: trabalhar a tua autoestima como projecto mais importante, sarar as feridas do passado e encontrar o bem-estar que você merece.

Provavelmente parece fácil, no entanto é um processo em que você tem que ir passo a passo; Só assim seus relacionamentos futuros serão diferentes. Mas tudo começa com uma decisão.

3. Aprenda a ficar sozinho ou sozinho

Reserve um tempo para ficar sozinho consigo mesmo, realizando atividades como ir a um café, restaurante, cinema, etc. Aprenda a tirar vantagem da solidão ocasional. Marque uma reunião com a melhor empresa, consigo mesmo. Os outros estão apenas de passagem.

Indignado, reconheça seus recursos para encontrar soluções para os problemas do dia a dia. Confie no seu julgamento.

4. Escreva uma carta de reconciliação

Esta é uma atividade simbólica em que você relata o que vivenciou em seus relacionamentos anteriores e que não quer mais reviver, porque tomou a decisão de desistir e recomeçar.

É importante que você inclua na carta que perdoe-se por decisões ruins que te machucaram. Assuma o compromisso de que seu bem-estar agora será sua prioridade e que você se protegerá de qualquer coisa que possa machucá-lo. Finalmente, depois de preencher a carta, leia-a em voz alta e registre-a para que possa acessá-la em momentos de fraqueza e lembrar de seu compromisso consigo mesmo.

Retome atividades saudáveis

Exercite-se, junte-se ao ginásio; fazer mudanças em sua dieta para a saúde; retome seus hobbies favoritos; ir caminhar; viagens. Esses são apenas alguns exemplos que você pode usar para cuidar da sua vida, concentrar-se no que você ama e recuperar a confiança.

Amar a si mesmo como solução

O amor nos relacionamentos começa em você mesmo. Quando você não tem amor por si mesmo, a única coisa que você pode oferecer é o vício, porque você precisa da atenção do outro para ser feliz. Em contraste, quando cada membro do relacionamento desfruta de uma autoestima saudável, não há espaço para o vício, pois ambos são emocionalmente completos.

Amar como casal é saber que se pode ser feliz sem o outro e vice-versa, e ainda assim eles se escolhem. O amor é, portanto, uma coisa positiva e maravilhosa para eles, não há necessidade de sofrer.

Referências bibliográficas:

  • Bucay, J. (2010). O caminho para a autonomia. México, DF: Ocean Express.
  • Fiz, J. (10 de outubro de 2017). Aleteia. Recuperado em 26 de dezembro de 2018 em Aleteia: https://es.aleteia.org/2017/10/10/la-dependencia-emocional-de-pareja-comienza-en-la-ninez/.
  • Guerri, M. (2017). Psicoativo. Recuperado em 26 de dezembro de 2018 de psychoactive: https://www.psicoactiva.com/blog/la-codependencia/.
  • Melgosa, J. (2008). Como ter uma mente sã. Madrid: Safeliz.
  • Sánchez, C. (15 de fevereiro de 2018). O novo arauto. Recuperado em 26 de dezembro de 2018, do New Herald: https://www.elnuevoherald.com/vivir-mejor/en-familia/article200003319.html.

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