Max Uhle: biografia deste arqueólogo alemão

A arqueologia é a ciência que lida com o estudo das civilizações antigas por meio de diferentes métodos e objetos, como obras de arte, utensílios, monumentos, documentos diversos …

Como qualquer ciência, a arqueologia está repleta de figuras relevantes que se destacaram por uma ou outra contribuição; é o caso de Max Uhle, arqueólogo alemão que trabalhou extensivamente nas terras da América do Sul, Especialmente no Peru, e que é considerado o pai da arqueologia científica peruana.

Para muitos, Max Uhle é considerado o pai da arqueologia científica peruana. Uhle era mais conhecido por estudar as culturas pré-colombianas do Peru. Por outro lado, uma das culturas que Uhle estudou a fundo foi a de Tiahuanaco no final do século XIX.

Assim, o trabalho de Max Uhle teve um impacto particular em países sul-americanos como Peru, Chile, Equador e Bolívia. Essas obras abrangem o período do final do século XIX ao início do século XX.

Por outro lado, Max Uhle ficou conhecido por ter iniciado a arqueologia científica no Peru (e por isso é considerado o fundador ou pai desta área). Uhle também reavaliou a importância do passado pré-incaico e divulgou seu conhecimento a esse respeito, pois até então tais civilizações eram consideradas sem importância na arqueologia.

Neste artigo veremos 1 bebida biografia de Max Uhle por meio de sua biografia e de suas contribuições mais relevantes para esta área do conhecimento.

Biografia de Max Uhle

Max Uhle (1856-1944), nome completo Friedrich Maximilian Uhle Lorenz, foi um proeminente arqueólogo alemão nascido na Saxônia (Reino da Saxônia, Alemanha) em 25 de março de 1856. Ele era filho de Friedrich Ernst Uhle e Anna, conjunto Lorenz. Uhle, após completar sua educação obrigatória, ingressou na Universidade de Leipzig (Alemanha) em 1875.

Cumpriu o serviço militar e posteriormente ingressou na Universidade de Göttingen, onde permaneceu por um ano, regressando eventualmente a Leipzig. Lá estudou filosofia e obteve o doutorado, mais precisamente em 1880. Sua tese versou sobre o tema da antiga gramática chinesa.

Depois de terminar sua tese, Max Uhle ele começou a trabalhar no Museu de Etnologia da Saxônia, Onde atendeu o diretor do mesmo. Lá trabalhou durante sete anos, de 1881 a 1888. Mais tarde funcionou da mesma forma, desta vez no Museu de Etnologia de Berlim. Naquela época, o museu foi transformado em um centro de estudos americanos.

Como dados relevantes de sua trajetória, acrescentamos também que Uhle foi, no VII Congresso Internacional de Americanistas realizado em Berlim, em 1888, como seu próprio secretário adjunto.

Finalmente, ele morreu na Alta Silésia (Polônia) em 11 de maio de 1944, aos 88 anos.

Arqueologia

Como parte de sua carreira em arqueologia, destacam-se as escavações realizadas em Pachacámac, Localizado no Vale do Lurín (sul de Lima). Aqui ele usou pela primeira vez o método estratigráfico na América, do qual falaremos mais tarde.

Depois que as escavações foram concluídas, Max Uhle viajou para a Filadélfia para analisar os resultados. Após essas escavações, Max Uhle publicou o livro Pachacámac (1903). Esta obra, muito apreciada na época, ainda hoje é usada como um texto para o estudo da arqueologia sul-americana.

Três anos após esta publicação, em 1906, Uhle foi nomeado diretor da seção de arqueologia do Museu Histórico de Lima. Seis anos depois, em 1912, mudou-se para o Chile, onde foi nomeado diretor do Museu de Etnologia e Antropologia de Santiago.

Depois de se estabelecer no Chile, Uhle se concentrou em escavações no norte do Chile, particularmente em Arica, Pisagua, Calama e Tacna. Anos depois, em 1917, Max Uhle descreveu cientificamente as múmias Chinchorro; este fato foi importante porque ele foi o primeiro a cumprir essa tarefa.

Deve-se destacar que a cultura chinchorro foi formada por um grupo de pescadores que habitou a costa do Deserto do Atacama entre 7020 e 1500 aC obras: Os Aborígenes de Arica (1917) e Arqueologia de Arica e Tacna (1919).

Contribuições relevantes

Encontramos várias contribuições de Max Uhle no campo da arqueologia, que podem ser classificadas nessas categorias.

1. Método estratigráfico

Max Uhle também se destacou como arqueólogo por ter sido o primeiro a aplicar um método arqueológico em 1896., Mais precisamente, da estratigrafia, que é o estudo da superposição de camadas ou estratos da terra.

Pois bem, Uhle aplicou o método estratigráfico às escavações em Pachacámac, um sítio arqueológico localizado no distrito de Lurín (Peru), perto do Oceano Pacífico.

A nível técnico, o método estratigráfico permite, nomeadamente, avaliar a idade dos restos mortais em relação aos demais, de acordo com a sua posição nos estratos analisados.

Evolução da cultura peruana

Além de ser o primeiro a usar esse método, Max Uhle aperfeiçoando o método de datação estratigráfica, O que lhe permitiu montar uma sequência que descreveria a evolução das culturas peruanas. Este desenvolvimento foi dividido em cinco etapas:

  • Os pescadores primitivos (Ancín, eu conhecia, Pachacamac e Arica)
  • Culturas costeiras de origem centro-americana (Proto-Chimú, Proto-Nazca e Proto-Lima)
  • O início do período megalítico no Peru ou Tiahuanaco
  • Estilos epigonais originam-se de Tiahuanaco
  • O período Inca, com dois subperíodos: lendário e histórico

2. Iconografia de Tiahuanaco

Outra contribuição de Uhle para a arqueologia, foi uma observação que fez e que está na origem da teoria do império Tiahuanacota; esta observação consistiu em notar que a iconografia de Tiahuanaco (cidade arqueológica) se estendeu desde a área do Lago Titicaca, até parte do atual território peruano.

3. Feio

Outra contribuição de Max Uhle para o campo da arqueologia é a de conheça a cultura Moche, que passou a se chamar Proto-Chimú. A cultura Moche é uma cultura arqueológica original do Antigo Peru, que se desenvolveu no vale do rio Moche entre os séculos II e V.

4. Teoria da imigração

No nível teórico, Uhle desenvolveu a teoria imigracionista da origem da cultura andina. Essa teoria estabeleceu que a cultura andina surgiu por meio de contribuições da Mesoamérica (ou seja, México e América Central).

5. Culturas peruanas

Vimos algumas das contribuições de Uhle às culturas peruanas, mas vamos dar uma olhada mais de perto. Para Uhle, as populações peruanas mais antigas eram compostas de pescadores primitivos (Primeira etapa da evolução dessas culturas, já mencionada). O salto de nível dessas culturas para as altas culturas (chamadas (Proto-Nazca e Proto-Chimú) ocorreu graças à influência das culturas da América Central.

Referências bibliográficas:

  • Basadre Grohmann, J. (2005). História da República do Peru (1822 – 1933), Volume 16. Publicado pela editora Commerce SA Lim.
  • Denise Pozzi-Escot B. (2010). Antigo Peru III (500-1400). O horizonte médio e os estados regionais. Coleção História do Peru, editada pela editora El Comerç SA Lima.
  • Kauffmann Doig, F. (2002). História e arte do antigo Peru. Volume 3. Lima, Edições PEISA.
  • Ruiza, M., Fernández, T. e Tamaro, I. (2004). Biografia de Max Uhle. Em Biografias e Vidas. A enciclopédia biográfica online. Barcelona, ​​Espanha).

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